PSD/Lisboa acusa Costa de "embuste democrático" por não concluir mandato

O líder da concelhia do PSD de Lisboa, Mauro Xavier, acusou o presidente da Câmara, António Costa, que anunciou a sua renúncia ao cargo, de "embuste democrático", por saber "que nunca iria concluir este mandato".
Lusa 31 de Março de 2015 às 21:09

Em declarações à agência Lusa a propósito do anúncio de renúncia ao mandato feito hoje pelo presidente da Câmara de Lisboa, Mauro Xavier acusou António Costa de "embuste democrático", pois "desde o primeiro dia em que se candidatou sabia que nunca concluiria este mandato", iniciado em 2011, o segundo à frente da autarquia lisboeta.

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Apesar de ainda não ter sido anunciado um sucessor, este cargo será, à partida, ocupado pelo vice-presidente, Fernando Medina, que, de acordo com Mauro Xavier, "não tem legitimidade para voto directo". "Não questiono a legalidade da substituição, mas sim a autoridade democrática", justificou o dirigente social-democrata, frisando que "António Costa enganou todos os lisboetas".

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Esta terça-feira, no final dos trabalhos da reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, António Costa pediu para fazer uma intervenção, anunciando que esta seria "a última reunião" na qual estaria presente. "Amanhã [quarta-feira], na reunião de Câmara, irei apresentar o pedido de renúncia ao mandato", afirmou.

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Mauro Xavier sustentou também que António Costa anunciou o pedido nesta altura devido ao facto de a sua "imagem ter sido danificada" por propostas como a das isenções urbanísticas ao Benfica e a da Taxa Turística.

 

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O líder da concelhia do PSD de Lisboa afirmou também que António Costa "teve três posições sobre o assunto". Isto porque, em 2013, António Costa tinha dito que era "incompatível ser presidente da Câmara Municipal de Lisboa e presidente do Partido Socialista".

 

Também em 2011, na altura em que se discutia a sucessão de José Sócrates na liderança dos socialistas, António Costa explicou que não entrava na corrida à liderança por não ser "possível acumular a liderança do PS e a presidência da Câmara de Lisboa".

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Porém, acabou por "voltar atrás" no ano passado, o que se traduz "numa situação muito preocupante de alguém que não deixará saudades na cidade de Lisboa", criticou Mauro Xavier. "Entendemos que está na altura de voltar a discutir as prioridades para Lisboa", até porque "continua a existir uma cidade com buracos, lixo acumulado e não são resolvidas as questões mais básicas", concluiu.

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