Um Orçamento sem drama, mas com muita história
A história deste Orçamento e das finanças públicas hoje é o esgotamento total do excedente num tempo de bonança económica, que obriga a recorrer aos alçapões do passado. A palavra mais importante nas Finanças é “não”. Miranda Sarmento sabe dizê-la a Luís Montenegro?
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Há um ano havia muito drama político sobre o Orçamento do Estado. Será que passaria ou o PS ia chumbar? Era um falso drama político – o PS não tinha como não deixar passar – que ampliou a ironia de ver o Governo cair meses depois pela sua própria mão. Este ano não há drama. Não só as Finanças esvaziaram, e bem, o Orçamento de diplomas não relacionados com o orçamento (os chamados “cavaleiros orçamentais”), como o PS anunciou cedo a abstenção. Com as contas a caminho do terceiro ano consecutivo de excedente, e sem complicações políticas, parece que há pouca história. Mas não é assim. O Orçamento para 2026 traz um prenúncio de outra histórica política e um receio que vai fazendo o seu caminho nos bastidores de quem segue esta área: o esgotamento total da margem orçamental, que força o ministro das Finanças a recorrer a vários alçapões reminiscentes de outros tempos.
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