Rangel é o mais conhecido, Marisa tem a melhor nota
A um mês das eleições, as sondagens da Aximage apontam para uma votação renhida entre o PS e o PSD. Mas se a vitória dependesse da avaliação que os eleitores fazem dos respetivos cabeças de lista, então as eleições europeias estavam no papo do principal partido da oposição.
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Segundo uma sondagem realizada pela Aximage para o Negócios e Correio da Manhã, expressamente sobre as eleições europeias, Paulo Rangel é de longe o candidato mais conhecido. Desafiados a indicarem nomes de candidatos a deputados do Parlamento Europeu, 29,9% dos inquiridos apontaram o nome do cabeça de lista do PSD. Num mês, esta percentagem aumentou cinco pontos.
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Já com Pedro Marques, ex-ministro do Planeamento e cabeça de lista do PS, apenas 20,4% indica o seu nome, uma percentagem que é menor do que um mês antes (23,5%) - ele e Paulo Sande, do Aliança, são os únicos cuja notoriedade desce em plena campanha eleitoral.
Em terceiro lugar surge Marisa Matias, candidata do BE, que é nomeada por 16,2% dos inquiridos (contra 13,9% um mês antes), seguida por Nuno Melo, do CDS (5,6% contra 4,5%), e João Ferreira do PCP (5,6% contra 4,5%).
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Marisa Matias é a mais bem classificada
Se Paulo Rangel é o mais conhecido, isso não significa que seja o mais bem visto pelo conjunto dos eleitores. Essa distinção cabe a Marisa Matias. Os inquiridos são questionados sobre a atuação dos líderes das principais candidaturas, pondo de parte as suas preferências partidárias e Marisa Matias surge em primeiro lugar com uma nota de 11 valores (em 20), seguida por Paulo Rangel, com 10,3.
Os restantes cabeças de lista, Nuno Melo, João Ferreira e Pedro Marques, têm notas negativas, de 9,5, 9,2 e 8,8, respetivamente.
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O desempenho de Marisa Matias surpreende porque a candidata é a única que consegue uma nota positiva entre todos os eleitorados, mesmos dos partidos de direita. A sua classificação varia entre os 10,8 dos votantes no PSD e os 13,7 dos bloquistas. Paulo Rangel, por exemplo, que surge em segundo lugar na classificação, não evita notas claramente negativas nos partidos de esquerda (entre 7,2 e 8 valores).
Quase três pontos separam PS do PSD
Apesar do mau desempenho de Pedro Marques, tanto na notoriedade como na avaliação de desempenho, o PS mantém a liderança nas intenções de voto. Segundo a sondagem da Aximage, se as eleições fossem agora o PS recolheria 31,7% dos votos (elegendo oito a nove eurodeputados), enquanto o PSD ficaria pelos 29% (sete a oito eurodeputados).
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Como sugere o gráfico, a espetacular recuperação do PSD parece vir quase toda dos indecisos que foram entretanto tomando posição. Com efeito, os indecisos passaram de 15,4% para apenas 3,5%, diz a Aximage. Ainda assim, a esmagadora maioria (62%) dos portugueses espera que o PS vença as eleições.
Os restantes partidos disputam a terceira posição, cabendo a primazia à CDU, que conseguiria 8,4% dos votos (a confirmar-se, seria uma deceção para os comunistas, passando a ter apenas dois eurodeputados). Bloco surge na quarta posição, com 8,3% dos votos (elegendo um segundo eurodeputado), seguido do CDS, com 7,7% (que ficaria entre um e dois eurodeputados).
Na luta entre os pequenos partidos, o Basta surge na primeira posição, com 1,8%, muito longe do limiar que permite eleger um eurodeputado. Depois vêm o PAN e o Aliança, ambos com 1,3%.
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