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"Nem tudo correu ou corre bem", assume Montenegro que promete "avaliação profunda"

Primeiro-ministro reconhece que o combate aos incêndios deste ano nem sempre correu bem e anuncia aprovação de um plano de longo prazo para as florestas. Garante que não esteve no terreno, mas sempre "próximo da direção operacional" e fala de prejuízos "cinco vezes" superiores aos do ano passado.

Luís Montenegro preside ao Conselho de Ministros extraordinário sobre incêndios, na Câmara de Viseu
Luís Montenegro preside ao Conselho de Ministros extraordinário sobre incêndios, na Câmara de Viseu Paulo Novais/Lusa
21 de Agosto de 2025 às 20:46

O primeiro-ministro reconheceu esta quinta-feira, 21 de agosto, que o combate aos incêndios nem sempre correu bem e prometeu uma "avaliação profunda" do que se passou nos últimos dias.

"Sabemos que, apesar de termos o maior dispositivo de sempre, nem tudo correu ou corre bem e nem sempre conseguimos evitar testes incêndios de grande dimensão e duração", afirmou no final do Conselho de Ministros extraordinário que decorreu na Câmara Municipal de Viseu, prometendo uma "avaliação profunda".

Na declaração aos jornalistas, Luís Montenegro justificou ainda a ausência do Governo, afirmando que o Executivo "deu prioridade à proteção da vida das pessoas e habitações. Não estivemos nos teatros de operações, mas estivemos sempre perto e próximos da direção operacional e estão a conduzir as tarefas de combate aos incêndios e estamos a assumir as responsabilidades de coordenação política", sublinhou.

Os dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) dão conta de quase 234 mil hectares de área ardida em espaços rurais. O ICNF indica que 46% desta área corresponde a floresta, 41% a mato e 13% a área ardida em agricultura.

O primeiro-ministro anunciou a aprovação de um plano de proteção da floresta até 2050, num pacote total de 45 medidas. 

Quanto a prejuízos, o chefe do Governo indicou, sem referir números concretos, que será "cinco vezes superior" aos do ano passado. De acordo com o relatório da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) os incêndios de 2024 causou perdas estimadas em 67 milhões de euros só na floresta nacional.

Luís Montenegro admitiu que "não obstante os incêndios de grandes dimensões, a verdade é que o dispositivo conseguiu apagar nos primeiros 90 minutos mais de 93% das ignições que tiveram lugar até ao dia de hoje." Para mais tarde, o primeiro-ministro prometeu uma "avaliação profunda sobre este tempo de combate e as políticas de prevenção que podem evitar que cheguemos a este extremo."

O país está desde o dia 2 de agosto em situação de alerta, que tem vindo a ser sucessivamente prolongada devido às condições atmosféricas favoráveis à propagação de incêndios, com tempo seco e temperaturas elevadas.

234Área ardida
Até esta quinta-feira, 21 de agosto, a área ardida contabilizada pelo ICNF era de 233.919 hectares.

Notícia atualizada às 20:55 com mais informação

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