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Seguro: Execução orçamental mostra um país a empobrecer

O secretário-geral do PS, António José Seguro, considerou esta terça-feira que os mais recentes dados da execução orçamental demonstram que o país continua a empobrecer, sem que o Governo consiga equilibrar as contas públicas.

24 de Setembro de 2013 às 22:57

António José Seguro referiu-se aos dados da execução orçamental até agosto, que foram divulgados ao final da tarde, durante um jantar comício em Salvaterra de Magos, numa acção de apoio ao candidato socialista à presidência da Câmara, Hélder Esménio.

No único concelho do país que tem uma gestão camarária do Bloco de Esquerda, o líder socialista nem por uma única vez se referiu a esta força política, centrando antes as suas críticas no Governo.

"Hoje foram conhecidos dados da execução orçamental. Por trás desses dados há uma conclusão: Empobrecimento", sustentou o líder do PS, perante cerca de sete centenas de apoiantes socialistas.

Na perspectiva do secretário-geral do PS, os dados da execução mostram que, do lado da receita, o que mais subiu foi o IRS, dinheiro tirado às famílias; do lado da despesa o mais assustador é o aumento do número de desempregados".

"Isto significa que, para o ano, ainda vai ser mais trágico com o corte de dez por cento nas pensões e nas reformas. Isto não é uma execução orçamental. O que eles [Governo] estão a fazer é a empobrecer cada vez mais os portugueses, sem que consigam equilibrar as contas públicas, o que é inaceitável", criticou o secretário-geral do PS.

Num distrito com um forte pendor de pequeno comércio e de pequenas empresas, o secretário-geral do PS defendeu as políticas de apoios ao crescimento e ao investimento como vias alternativa à austeridade.

Seguro falou na necessidade de os empresários poderem recorrer ao banco público para reaverem os seus créditos junto do Estado, da proposta de baixar o IRC para os 12,5 por cento em relação aos primeiros 12500 euros de lucro e de um outro projecto para a concessão de incentivos fiscais para os empresários que reinvistam os seus lucros na empresa.

Em contraponto, Seguro insurgiu-se uma vez mais contra o aumento do IVA da restauração para os 23 por cento, defendendo a sua reposição nos 13 por cento, tal como a Grécia.

Em relação a questões de Salvaterra de Magos, o secretário-geral do PS apontou que se trata do município com a mais elevada taxa de desemprego no distrito de Santarém, cerca de 20 por cento.

Neste ponto, ficou uma "indirecta" à gestão autárquica bloquista, com Seguro a sustentar que cabe a uma Câmara Municipal atrair investimento e empresas para a criação de postos de trabalho.

Já o candidato socialista a presidente da Câmara de Salvaterra de Magos defendeu que a questão de domingo será entre o PS e o Bloco de Esquerda, tendo apelado ao "voto útil".

Ou seja, Hélder Esménio apelou aos eleitores do PSD e do CDS para que concentrem no PS os seus votos contra o Bloco de Esquerda.

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