José Junqueiro: “O tempo do segurismo acabou”

Um dos principais apoiantes de António José Seguro rejeita receber o rótulo de segurista e explica que o núcleo que apoiou o ex-secretário-geral não apoia Álvaro Beleza e pode ter outra estratégia para o futuro do partido.
Bruno Simões 06 de Outubro de 2015 às 18:53

Os tempos do segurismo terminam por agora, porque António José Seguro perdeu a primeira oportunidade no partido. E vários dos seus apoiantes na batalha interna contra António Costa não juram fidelidade a Álvaro Beleza, sentencia José Junqueiro, um dos mais fervorosos apoiantes de Seguro. "Não há uma corrente no partido do segurismo. Há uma diferença entre os que apoiaram António José Seguro e os que estão com ele desde os tempos da jota", explica Junqueiro ao Negócios.

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"Seguro não se pode queixar de falta de apoio na disputa interna, mas esse tempo acabou. O que existe agora é um núcleo reduzido, de que fazem parte Álvaro Beleza ou Eurico Brilhante Dias", acrescenta, e que integra, no fundo, pessoas que fizeram parte do Secretariado do ex-líder do PS. José Junqueiro foi secretário de Estado com José Sócrates e vice-presidente da bancada parlamentar do PS com Seguro, e ficou fora das listas de deputado.

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Quanto a Álvaro Beleza, "avança sem qualquer tipo de apoio". "Não se pode avançar assim sem conversar com ninguém", atira Junqueiro.

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Esse grupo de ex-apoiantes de Seguro até pode vir a apoiar António Costa. "É possível", admite Junqueiro. "Também é possível que esse grupo tenha outra estratégia que não seja apoiar nem Costa nem Beleza", prossegue, em alusão a uma candidatura agregadora que represente as diferentes sensibilidades dentro do PS. Pessoalmente, Junqueiro põe de parte o apoio a Costa. "Eu não o apoio porque conduziu o PS à derrota".

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Já Seguro pode voltar à política partidária, sendo certo que perdeu uma chance. "A primeira oportunidade foi perdida. Pode ter uma segunda oportunidade, só depende dele".

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Ao Negócios, António Galamba lembrou que "embora tenha havido pessoas a declarar apoio a António José Seguro, não fizeram nada por isso", e que o rótulo de "segurismo" é rejeitado pelo próprio Seguro, uma vez que já está "fora da política activa". E confirma que Beleza "não representa o dito segurismo".

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