Ministro da Agricultura acusa Cristas de oportunismo e diz que acompanha situação da seca
Capoulas Santos diz que "acompanha a situação com preocupação" e, "no momento próprio, com rigor e seriedade, irá adotar as medidas que a situação for progressivamente justificando".
O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, qualificou hoje de "lamentáveis e absolutamente oportunistas" as declarações da líder do CDS-PP, Assunção Cristas, sobre a seca, sublinhando estar a acompanhar a situação através de um "levantamento exaustivo" realizado pelas direcções-regionais.
"Através das suas direcções regionais, o Ministério da Agricultura está a monitorizar o território agrícola quinzenalmente e a realizar um levantamento exaustivo desta matéria, que está em permanente actualização", é referido num comunicado do Ministério.
Na nota lê-se ainda que Capoulas Santos "acompanha a situação com preocupação" e, "no momento próprio, com rigor e seriedade, irá adoptar as medidas que a situação for progressivamente justificando".
O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, considera "lamentáveis e absolutamente oportunistas" as declarações hoje proferidas por Assunção Cristas, lamentando que a antiga titular da pasta esteja a "utilizar a ansiedade e a preocupação dos agricultores para fazer um exercício de prova de vida", é ainda referido.
De acordo com o Ministério, "em Outubro de 2016 foi adoptado um conjunto de medidas de apoio, no montante de 3 milhões de euros, que beneficiaram os concelhos de Aljustrel, Almodôvar, Barrancos, Beja, Castro Verde, Mértola, Moura, Ourique e Serpa" e no dia 11 de maio foi aprovada, em Conselho de Ministros, uma comissão permanente para acompanhar os efeitos da seca e fazer "um plano de contingência e estabelecer eventuais medidas preventivas".
A presidente do CDS-PP exigiu hoje que o ministro da Agricultura esclareça que medidas tem preparadas para apoiar os agricultores pela situação de seca, sublinhando que os centristas pedem a sua presença no parlamento.
"É muito importante que o Ministério ponha cá fora um pacote de medidas que já vêm atrasadas, que estavam pré-preparadas, porque já há muito tempo que existe um grupo de trabalho em permanência para monitorizar as situações de seca", afirmou Assunção Cristas.
Numa visita a uma feira do sector alimentar, em Lisboa, a líder centrista disse não entender "a ausência do ministro da Agricultura", argumentando que as queixas se sucedem por parte do sector e têm impacto, por exemplo, nas sementeiras que poderão não se fazer por escassez de água.
"Há medidas estudadas do passado", insistiu a ex-ministra da Agricultura, apontando para a isenção da taxa de recursos hídricos, isenções de contribuições à segurança social, apoios ao investimento, entre outras.
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