Boeing reduz prejuízos trimestrais para 697 milhões de dólares
A norte-americana Boeing anunciou esta terça-feira um prejuízo de 697 milhões de dólares (cerca de 604 milhões de euros) no segundo trimestre, metade do verificado no primeiro trimestre e aquém das expectativas do mercado, num "ambiente mundial em mudança".
Kelly Orberg, que assumiu o comando do fabricante aeronáutico norte-americano em agosto de 2024, quando a empresa enfrentava uma crise profunda, destacou numa mensagem aos funcionários a melhoria mais rápida do que o esperado da situação e que o grupo está numa fase de estabilização.
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Entre abril e junho, a Boeing registou uma receita de 22,75 mil milhões de dólares, ou seja, mais 35% do que no mesmo período de 2024.
Na época, a empresa havia reduzido sua produção, e consequentemente as entregas, depois de um incidente em janeiro de 2024 envolvendo um 737 MAX 9 da companhia Alaska Airlines, que perdeu uma peça da fuselagem pouco após a descolagem, deixando um buraco aberto.
A Boeing recebe cerca de 60% do valor dos aviões quando os entrega aos seus proprietários.
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O prejuízo líquido do segundo trimestre foi de 697 milhões de dólares, contra uma perda líquida de 1,44 mil milhões de dólares no mesmo período do ano anterior.
Reportado por ação e excluindo itens extraordinários --- valor de referência para os mercados ---, o prejuízo ficou em 1,24 dólares por ação.
O consenso dos analistas da FactSet previa um prejuízo de 1,40 dólar por ação e uma receita de 22,15 mil milhões de dólares.
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Nas negociações eletrónicas antes da abertura da Bolsa de Nova York, as ações da Boeing subiam 1,82%.
"Juntos, conquistamos vitórias importantes que ilustram a confiança dos nossos clientes nos nossos produtos e serviços", comentou Orberg na mensagem aos funcionários.
"A mudança leva tempo, mas começamos a ver a diferença no nosso desempenho em todo o grupo", afirmou.
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O grupo está "no caminho certo e adiantado em relação ao que eu esperava na nossa recuperação", precisou.
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