Fundador da Evergrande vende 9% da participação por 334 milhões de dólares

Com a Evergrande há várias semanas à beira da falência, a venda de ações permitiu ao fundador e chairman da imobiliária chinesa abrir mão de 9% da sua participação, passando agora a deter 67,87% do capital social da empresa, ao invés de 76,96% que detinha até à data. 
Evergrande
Xihao Jiang/Reuters
Negócios 26 de Novembro de 2021 às 12:10

O fundador e chairman da Evergrande, Hui Ka Yan, vendeu esta quinta-feira 1,2 mil milhões de ações da empresa a um preço médio de 2,23 dólares de Hong Kong (cerca de 0,25 euros) por ação. A venda resultou num encaixe financeiro de 334 milhões de dólares (mais de 300 milhões de euros) para Hui Ka Yan.

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Com a Evergrande há várias semanas à beira da falência, a venda de ações permitiu ao fundador e chairman da imobiliária chinesa abrir mão de 9% da sua participação, passando agora a deter 67,87% do capital social da empresa, ao invés de 76,96% que detinha até à data. 

Os reguladores chineses têm pedido a Hui Ka Yan que use a sua riqueza pessoal para salvar a gigante imobiliária, que tem um passivo de mais de 300 mil milhões de dólares (26,6 mil milhões de euros). O dinheiro conseguido deverá ser usado para ajudar a pagar salários, obrigações financeiras, juros e dividendos da empresa. 

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Desde julho, Hui Ka Yan vendeu património pessoal no valor de mais de 7 mil milhões de yuans (cerca de 970 euros), incluindo casas, jatos particulares e jóias, para manter as operações básicas da empresa.

Como a Evergrande tem falhado no pagamento aos credores em dólares, alimentou o risco de um "default" geral em todo o setor do imobiliário, que acumula 5 biliões de dólares de dívida na mão dos investidores, o equivalente ao PIB (produto interno bruto) do Japão, a terceira maior economia do mundo. 

Como a Evergrande tem falhado no pagamento aos credores em dólares, alimentou o risco de um "default" geral em todo o setor do imobiliário, que acumula 5 biliões de dólares de dívida na mão dos investidores, o equivalente ao PIB (produto interno bruto) do Japão, a terceira maior economia do mundo. 

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O setor do imobiliário é responsável por 25% da riqueza da China e há vários anos que enfrenta um forte nível de endividamento, que as autoridades não têm conseguido controlar.

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