La Seda de Barcelona reduz prejuízos em 42%
O grupo petroquímico La Seda de Barcelona, detido em 19,9% pelos accionistas da BA Vidro, terminou o ano de 2011 com resultados líquidos consolidados, após interesses minoritários, de 49,55 milhões de euros negativos. Os prejuízos ficaram 42% abaixo das perdas de 85,44 milhões de euros que a companhia registara no final de 2010.
O resultado de exploração manteve-se negativo, mas foi reduzido de 26,07 milhões para 10,58 milhões de euros. O EBITDA recorrente alcançou os 57,8 milhões de euros em Dezembro de 2011, o que supõe uma diminuição de 15,8% face ao exercício anterior, "consequência fundamentalmente do contexto de enfraquecimento da procura em que operou o grupo durante o segundo semestre de 2011", explica, "e das limitações financeiras derivadas do cumprimento dos compromissos de pagamento assumidos no plano de reestrutuação", adianta.
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Em comunicado ao mercado espanhol, onde está cotada, a LSB adianta que o volume de negócios ascendeu a 1,17 mil milhões de euros, mais 17,56% do que um ano antes. Destes, apenas 231,66 milhões de euros foram realizados em Espanha, sendo 940,69 milhões de euros provenientes das vendas externas da companhia.
Na nota ao mercado, o grupo presidido por Carlos Moreira da Silva fez saber ainda que a dívida à banca passou de 506,33 milhões para 530,02 milhões de euros.
Ainda assim, a administração salienta que "durante o exercício de 2011 o grupo LSB amortizou 70 milhões de euros de dívida a fornecedores e credores em linha com os compromissos assumidos durante o processo de reestruturação encerrado em 2010" e que inclui uma operação de redução e aumento de capital com a entrada da BA PET BV.
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A equipa de direcção da petroquímica salienta que "o estrito cumprimento de estes compromissos financeiros foram, sem dúvida, um factor limitador do crescimento e da rentabilidade das operações do grupo durante 2011, apesar dos progressos realizados na normalização das condições comerciais com os principais fornecedores e em vias alternativas de financiamento do capital circulante".
A companhia com sede em El Prat, Barcelona, terminou o ano de 2011 com 1.721 trabalhadores, menos 223 postos de trabalho que um ano antes. Parte desta redução, recorde-se, deve-se à alienação de activos na Europa (no âmbito do plano estratégico da companhia), entre os quais a Artenius Portugal – Indústria de Polímeros, fábrica que a companhia detinha em Portalegre e alienou em Junho passado à Control PET SGPS.
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