Lucros da Navigator crescem 18% para 171,8 milhões de euros

A Navigator viu os seus lucros aumentarem 18% entre Janeiro e Setembro, um período em que a descida das vendas foi compensada pelo aumento dos preços
Rita Faria 30 de Outubro de 2018 às 07:40

A Navigator fechou os primeiros nove meses deste ano com um resultado líquido de 171,8 milhões de euros, o que representa uma subida de 17,8% face ao mesmo período do ano passado, revelou a empresa em comunicado emitido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

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Considerando apenas o terceiro trimestre, os lucros da papeleira aumentaram 5,2% para 52,3 milhões de euros.

Entre Janeiro e Setembro o volume de negócios aumentou 3,5% para 1.252 milhões de euros, com a evolução positiva dos preços do papel UWF, pasta BEKP e Tissue a compensar a perda de volume disponível para venda devido às paragens de manutenção programadas e não programadas nas fábricas.

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No negócio da pasta, as vendas – que foram afectadas por duas grandes paragens durante o ano - situaram-se em 177 mil toneladas, 30% abaixo do volume registado nos primeiros nove meses de 2017. "A diminuição do volume foi parcialmente compensada pelo aumento do preço de venda, pelo que as vendas em valor reflectem uma redução de 11%, para cerca de 115 milhões de euros", concretiza a empresa liderada por Diogo da Silveira.

Nos primeiros nove meses do ano, o EBITDA subiu 13,5%, em termos homólogos, para 341 milhões de euros. Este valor inclui o impacto positivo da venda do negócio das pellets nos EUA (que líquido de custos e ajustamentos foi de cerca de 12,4 milhões de euros) e é penalizado pelos montantes relativos à taxa de anti-dumping (em cerca de 10 milhões de euros).

Sem estes impactos, o EBITDA teria sido de 338 milhões de euros, traduzindo um aumento de 12,7%. "O impacto contabilístico do anti-dumping afectou negativamente o EBITDA em 10 milhões de euros e inclui o reconhecimento de 3,6 milhões relativos à aplicação retroactiva da taxa de 1,75% nas vendas do primeiro período de revisão, compreendido entre Agosto de 2015 e Fevereiro de 2017, assim como um montante adicional de cerca de 6 milhões relativo ao registo da taxa para o segundo e terceiro períodos de revisão", esclarece a Navigator no comunicado.

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Os resultados financeiros situaram-se em 16,5 milhões negativos, o que compara com os 6,5 milhões negativos no mesmo período de 2017.

A Navigator explica que, apesar da evolução positiva do custo das operações de financiamento do grupo, houve um conjunto de factores que afectaram negativamente os resultados financeiros, nomeadamente a evolução negativa em 5 milhões dos resultados cambiais resultantes dos programas de cobertura levados a cabo pela empresa, o reconhecimento de um montante de cerca de 3,3 milhões de euros negativos resultante da diferença entre o valor nominal e o valor actual do montante ainda a receber pela venda do negócio de pellets e a evolução negativa em 1,5 milhões dos resultados das aplicações de liquidez excedentária, face a um desempenho muito positivo em 2017.

No final de Setembro, a dívida líquida era de 731,6 milhões, o que traduz um aumento de 38,9 milhões relativamente ao final de 2017. Esta subida reflecte o pagamento de dividendos, no montante de 200 milhões em Junho e investimentos no montante de 148 milhões durante os primeiros nove meses do ano.

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