Crise leva VW a considerar tirar produção da Alemanha e do leste europeu
A crise energética está a pressionar as empresas e o setor automóvel não é exceção. A Volkswagen – que detém grandes fábricas na Alemanha, República Checa e Eslováquia, países amplamente dependentes do gás russo – está a estudar formas de contornar esta crise e uma das hipóteses pode passar por realocar os grandes centros de produção a outras fábricas do grupo alemão em outros países menos dependentes de Moscovo.
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"[Estamos a estudar] alternativas a médio prazo, estando concentrados na realocação da capacidade de produção ou [outras] alternativas técnicas semelhantes ao que já é prática comum no contexto dos desafios relacionados com a escassez de semicondutores e outras interrupções nas cadeias de abastecimento", informou o diretor do departamento de compras da Volkswagen, Geng Wu, em comunicado.
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A decisão de Moscovo de reduzir o abastecimento de gás enviado para a Europa levantou preocupações sobre a possibilidade de a Alemanha, coração do grupo automóvel, ser obrigada a racionar energia.
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Mais recentemente, a imprensa internacional avançou que o armazenamento de gás está quase a 90%, no entanto a longo prazo será ainda um desafio saber como poderá Berlim preparar-se para o inverno do próximo ano sem a contribuição da Rússia.
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Contactada telefonicamente pela Bloomberg, fonte oficial da Volkswagen reconheceu que com este plano podem ser beneficiados os países do sudoeste da Europa – menos dependentes do gás russo e em que o grupo automóvel já detém centros de produção – como Bélgica, Espanha e Portugal. No país, o grupo detém a fábrica da Autoeuropa em Palmela.
Ao limitar a produção na maior economia da Europa, a empresa poderá ter de enfrentar alguns obstáculos com os representantes dos trabalhadores no país, já que atualmente a Volkswagen conta com 295 mil colaboradores só na Alemanha.
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