Indústria automóvel sofre impacto de 4,6 mil milhões com tarifas no primeiro semestre
Os primeiros seis meses do ano foram o suficiente para as principais fabricantes automóvel sofrerem o impacto das tarifas impostas pelo presidente americano. O rombo terá, de acordo com o El Economista, ascendido a 4.635 milhões de euros, embora se estime que o valor real poderá ser superior.
Os principais fabricantes já foram apresentando as contas semestrais e apontaram o dedo às tarifas sobre a exportação para justificar o impacto nos lucros e receitas. Com os Estados Unidos da América (EUA) a serem um país cada vez mais importante para a indústria automóvel, sendo que, só em 2024, foram vendidos 15,9 milhões de carros ligeiros, com muitos a chegarem da União Europeia.
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O grupo Volkswagen, que detém marcas como Seat, Audi, Porsche e a própria Volkswagen, mostrou que as tarifas tiveram um impacto de 1,3 mil milhões de euros nas contas semestrais, com as vendas a caírem 9,8% no bloco americano.
Já a Stellantis, dona da Peugeot, Fiat, mas também Jeep, Chrysler e Dodge, evidenciou um custo de 300 milhões de euros só com as taxas comerciais. Embora este seja um valor mais baixo comparado com as restantes fabricantes, a Stellantis estima que as tarifas signifiquem um prejuízo de 1,5 mil milhões até ao fim do ano, uma vez que as vendas nos EUA caíram 26%.
A sueca Volvo sofreu perdas de 1.017 milhões de euros entre janeiro e junho. Esta perda deveu-se a atrasos nos lançamentos mas também às tarifas, que afetaram os modelos fabricados na Europa e que têm os EUA como destino final e os que são produzidos na China para chegar à Europa.
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Entre as impactadas estão ainda a Mercedes-Benz, com quebras de 362 milhões de euros, a General Motors (Chevrolet, GMC e Cadillac) com perdas de 965 milhões de euros e a Ford com prejuízo de 691 milhões de euros. Estas duas últimas fabricantes, por produzirem maioritariamente veículos para o mercado americano, sofreram impactos pelo facto da produção estar no México, onde ainda não existe um acordo fechado.
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