A cada história descobrimos que quanto mais o ser humano tenta ter controlo do seu destino, mais se atrapalha. Brincar de Deus é doloroso para quem não passa de um simples mortal.
Perder contemporâneos significa perder também um pouco de nós mesmos. O mundo nunca fica melhor com menos pessoas talentosas e generosas em partilhar os seus talentos.
Uma das ações mais eficientes de Bolsonaro foi provocar um apagão de dados e estudos sociais. O Brasil é hoje um país onde nada funciona direito, ninguém confia em ninguém e todos apenas imaginam o que vão encontrar debaixo do tapete quando o atual inquilino do Palácio do Planalto de Brasília for posto para fora.
Afinal, fingir, simular e adiar são três dos verbos que mais temos prazer na conjugação. Mas proponho, pois, o exercício de encontrar outras e melhores palavras. Até porque tenho a ideia de que só com números não vamos lá.
A lixeira da memória coletiva só não se encontra mais cheia pela nossa incapacidade de lembrar de todos os malfeitos e de todos os malfeitores.
Espero que a cartinha chegue ao seu destino. E que esse destino seja livre, radioso e com bolachas, biscoitos e outros alimentos na mesa dos mais de 30 milhões de brasileiros agora famintos.
E lá foram. Até que Elvis cumpriu, 20 anos e milhões de dólares depois, o seu destino de ser digerido pela máquina comercial que o cercou até à morte. No fim, era pouco mais de que um animal de circo. Minto, era um pouco menos.
Tive vários momentos em que Fausto acenou-me de longe ou cumprimentou-me de perto. Educadamente, sempre dei bom-dia, sacudi os ombros e fui embora. Nunca fiz vida de café com Fausto, ou permiti que me apresentasse a Mefistófeles, o que seria o caminho mais fácil para o sucesso.
Já no instante em que estava na bilheteira e disse “Quero um ingresso para ‘Top Gun’” senti uma estranha sensação positiva de déjà-vu. A última vez que havia pronunciado tal frase com propriedade havia sido há quase 40 anos. Foi como se eu tivesse entrado num lapso temporal.
O guionista e realizador Antonio Campos demonstra total segurança na condução da narrativa. Ele, ponto a ponto, tricota aquilo que se revelará uma rede que nos apanha como peixes à deriva.
Nunca antes na história uma geração tão refratária ao trabalho chegou ao poder como a que estamos agora. Talvez venha daí o fenómeno chamado “O Grande Despedimento” que assola os EUA.