Pandemia afunda exportações de componentes automóveis em abril. Queda de 76% é a maior de sempre
As exportações de componentes automóveis sofreram em abril a maior quebra mensal de sempre, recuando 76% face a igual mês do ano passado, para os 188 milhões de euros, indica esta terça-feira a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA). O impacto da pandemia fez-se sentir em pleno nesta fileira. A anterior maior quebra mensal, em dezembro de 2008, cifrava-se em 45%.
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A brusca descida de abril leva a que as exportações de componentes totalizem apenas 2.661 milhões de euros nos primeiros quatro meses do ano, menos 718 milhões, ou 21,2%, do que em idêntico período de 2019. Este é o valor mais baixo para o primeiro quadrimestre desde 2015.
No acumulado do ano, entre os quatro principais mercados de destino a França foi o que registou a quebra mais severa - 34,5% - somando apenas 334 milhões de euros. O mercado gaulês é o terceiro maior para as exportações das fabricantes nacionais de componentes automóveis.
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As vendas para Espanha, o principal destino, sofreram um decréscimo de 17%, para 751 milhões de euros, enquanto a Alemanha, o segundo maior mercado, apresenta uma descida de 20,7%, para 555 milhões. O Reino Unido, que é o quarto principal comprador, cedeu 25%, com as vendas para o mercado britânico a totalizarem 214 milhões de euros.
A AFIA assinala que "já em março as exportações diminuíram 26%, o que interrompeu o arranque positivo de 2020. Altura em que se registaram acréscimos de 7% e 8%, em janeiro e fevereiro, respetivamente".
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"Estes valores de abril refletem os efeitos da pandemia covid-19, com o abrandamento geral da atividade, encerramento temporário das fábricas de automóveis e consequente cancelamento de encomendas", sublinha a associação.
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