Volkswagen: auditoria com dificuldade em identificar responsáveis por manipulação
Escreve a Bloomberg esta terça-feira, 19 de Abril, que os investigadores encarregados pela Volkswagen de conduzir um escrutínio interno sobre o escândalo de manipulação de emissões que atingiu a marca em 2015 estão a ter dificuldade em acelerar a investigação e identificar responsáveis. Assim, é pouco provável que estejam capazes de apresentar um relatório conclusivo no final de Abril.
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Os dados de 1500 computadores portáteis e de outros dispositivos, num total de 102 terabytes de informação estão a ser analisados por 450 investigadores internos e externos, e visam sobretudo 20 funcionários da empresa suspeitos de envolvimento no escândalo.
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O uso de dezenas de palavras-código, como "software acústico", para referir a tecnologia ilícita usada pela marca para manipular as emissões, e o recurso a sistemas informáticos datados e insuficientes para analisar a informação disponível dificultam a responsabilização directa de funcionários.
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As informações foram passadas à Bloomberg por pessoas próximas da investigação e que pediram para não serem identificadas. Oficialmente, a fabricante limitou-se a confirmar que as investigações prosseguem e que vai "abordar a questão na segunda metade de Abril".
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Na sequência deste caso, a Volkswagen adiou a data de divulgação dos seus resultados referentes a 2015, assim como a realização da sua assembleia-geral (de Abril para Junho), anunciou a firma a 5 de Fevereiro deste ano. A apresentação dos números referentes a este exercício deveria ter tido lugar a 10 de Março.
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Esta ainda por negociar com as autoridades norte-americanas um acordo, de preferência antes da audiência marcada para um tribunal de S. Francisco esta quinta-feira. Foi a agência de protecção ambiental norte-americana que verificou e alertou que as emissões de gases dos automóveis com motores a gasóleo da Volkswagen ultrapassavam em mais de 40 vezes os limites legais.
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As acções da fabricante alemã seguem a valorizar 2,39% para 128,15 euros em Frankfurt na sessão desta terça-feira. Escreve a Bloomberg que desde que o escândalo rebentou, em Setembro de 2015, a firma perdeu cerca de 16 mil milhões de euros em valor de mercado.
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