Caixabank prepara oferta acima de 3 mil milhões pelo Novo Banco
O Caixabank nunca assumiu estar comprador, mas tem dado passos no sentido de avançar com uma oferta pelo Novo Banco. De acordo com o El Economista, a instituição liderada por Gonzalo Gortazár está a ponderar oferecer um valor mínimo de três mil milhões de euros pelo banco português controlado pela Lone Star.
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O banco espanhol, que contratou o Morgan Stanley e a Deloitte para avaliarem uma possível aquisição do Novo Banco, estará tentado a avançar com uma proposta de aquisição com valores que podem variar entre os três e os sete mil milhões de euros, segundo a publicação espanhola.
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O apetite espanhol, que pode afastar o banco liderado por Mark Bourke da bolsa, contará, contudo, com o travão do Governo português. Joaquim Miranda Sarmento afirmou em entrevista à RTP que não é favorável ao reforço da posição da banca espanhola no país. "Por uma questão de concentração e dependência, esse valor não deveria subir", disse.
Também Paulo Macedo, CEO da Caixa Geral de Depósitos, o maior banco do sistema financeiro nacional, revelou preocupação com a maior presença espanhola. "Não é saudável para Portugal ter 50% da banca em mãos espanholas", afirmou na apresentação de resultados.
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Além do BPI, comprado em 2017 pelo Caixabank, o Santander é outra das grandes instituições financeiras espanholas presentes no mercado nacional. Caso o Caixabank avance para a compra, poderá praticamente duplicar a sua dimensão em Portugal: ficaria com 600 balcões e 20% de quota de mercado.
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Estas movimentações têm sido acompanhadas de perto, além do Governo e do Banco de Portugal, pelos restantes "players" do setor, nomeadamente os nacionais, com o banco de capitais públicos à cabeça. A CGD tem afastado o interesse na compra do Novo Banco, pelo menos na totalidade. Teria interesse no segmento de crédito às empresas, para reforçar a sua carteira.
Do lado do BCP, Miguel Maya não afasta o interesse na instituição que resultou da resolução do BES, mas diz que uma compra do Novo Banco teria de criar valor para os seus acionistas. E, neste momento, o CEO do BCP não vê esse valor.
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