Cinco anos de Novo Banco em cinco gráficos: 6 mil milhões de prejuízos e menos 2.600 trabalhadores
Criado em 2014 para ficar com os ativos saudáveis do Banco Espírito Santo, que foi alvo de resolução em Agosto deste ano, o Novo Banco tem apresentado prejuízos todos os anos, devido às elevadas imparidades dos créditos que herdou do banco então liderado por Ricardo Salgado.
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O banco agora liderado por António Ramalho tem vindo a reduzir a sua atividade, com o fecho de balcões e corte de postos de trabalho. O volume de crédito concedido tem vindo a encolher e só os depósitos registam uma tendência de recuperação.
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Nos cinco anos de vida que tem, o Novo Banco acumula já prejuízos de 5.977 milhões de euros. Depois dos mais de 2 mil milhões de euros de resultados líquidos negativos em 2017, o Novo Banco anunciou esta sexta-feira que fechou 2018 com prejuízos de 1.412 mil milhões de euros.
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Com as contas no vermelho, o Novo Banco anunciou que vai pedir uma injeção de capital de 1.149 milhões de euros ao Fundo de Resolução. Para fazer face aos prejuízos do passado, o banco já tinha recebido 792 milhões de euros do Fundo de Resolução no ano passado, além da injeção de capital inicial de 4,9 mil milhões de euros.
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Os prejuízos do Novo Banco são em grande parte explicados pelas elevadas imparidades que a instituição financeira registou desde que foi criada. Em 2018 até baixaram de forma considerável, sendo o primeiro ano em que ficaram abaixo da fasquia dos mil milhões de euros. Mas no conjunto de 5 anos superam 6 mil milhões de euros, um valor que atesta a qualidade dos créditos que o banco tinha em carteira quando foi constituido.
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A redução da atividade do Novo Banco fica bem evidente quando se analisa a evolução da carteira de crédito. No final de 2014 situava-se acima dos 40 mil milhões de euros e fechou 2018 bem abaixo dos 30 mil milhões de euros. Uma redução de 28% no espaço de quatro anos.
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Já os depósitos são dos poucos indicadores que registam uma evolução positiva nos últimos anos, permitindo agora ao Novo Banco apresentar uma relação equilibrada entre os recursos de clientes e o credito concedido. Em 2014 os depósitos representavam apenas dois terços dos créditos e agora os valores são semelhantes.
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Apesar dos elevados prejuízos, o Novo Banco cortou os custos nos últimos anos, sendo que neste âmbito a redução do número de trabalhadores foi a estratégia mais evidente. De quase 8 mil trabalhadores em 2014, o Novo Banco chega ao fim de 2018 com pouco mais de 5 mil. Uma redução de 2.626 empregos, o que representa um corte de 34%.
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No número de balcões o corte foi ainda mais acentuado, com um corte de 40% em quatro anos. Em linha com a estratégia da banca a nível nacional e mundial, o Novo Banco fechou um total de 273 balcões desde o final de 2014.
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