Crédito para a compra de casa volta a disparar em julho

No mês de julho, os bancos concederam 967 milhões de euros em crédito para a compra de casa, o valor mais elevado em mais de um ano.
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Alexandre Azevedo
Rafaela Burd Relvas 10 de Setembro de 2019 às 11:25

A concessão de crédito para a compra de casa voltou a disparar em julho, depois de uma redução no mês anterior. Segundo os dados divulgados esta terça-feira, 10 de setembro, pelo Banco de Portugal (BdP), as novas operações de crédito à habitação totalizaram 967 milhões de euros em julho, um aumento de quase 14% face ao mês anterior e o valor mensal mais elevado desde junho do ano passado. Este é também o valor mais alto desde que o regulador impôs um travão à concessão de crédito, precisamente em junho de 2018.

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De acordo com os dados do BdP, a banca concedeu, no conjunto de janeiro a julho, um total de 5.898 milhões de euros em crédito à habitação, o que representa uma subida de 3,6% face a igual período do ano passado. Este é um máximo desde 2010, ano em que, nos primeiros sete meses, a banca tinha concedido mais de 6 mil milhões para a compra de casa.

Este aumento da concessão de crédito para a compra de casa acontece numa altura em que está em vigor uma medida macroprudencial do BdP, que impõe limites aos novos créditos à habitação e ao consumo. O travão, em vigor desde junho do ano passado, determina contratos com prazos mais curtos, taxas de esforço mais restritivas e um limite de financiamento até 90% do valor do imóvel, no caso do crédito à habitação.

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Apesar destas restrições, o crédito às famílias continua a aumentar, e não só no segmento da habitação. O crédito ao consumo disparou 23% no mês de julho, para 515 milhões. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, totalizou 2,8 mil milhões, uma subida de 3,5%. Já os empréstimos para outros fins aumentaram em 5% no mês de julho e 12,6% no conjunto de janeiro a julho.

Feitas as contas, a banca concedeu um total de 9,9 mil milhões às famílias entre janeiro e julho deste ano, o que representa um crescimento de 4,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Crédito às empresas também cresce, mas abranda

Também no caso dos créditos às empresas houve um aumento, embora pouco signifativo. Para além disso, a evolução dos empréstimos a sociedades não financeiras fica a dever-se aos créditos mais pequenos, abaixo de um milhão de euros, já que os créditos acima de um milhão estão a diminuir.

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Entre janeiro e julho, os novos créditos até um milhão de euros às empresas totalizaram 10,9 milhões, o que representa uma subida de 6,62%. Já os créditos acima de um milhão ascenderam a 7,4 mil milhões, uma quebra de 6,7% face ao período homólogo.

Feitas as contas, as novas operações de crédito às empresas totalizaram 18,3 mil milhões de euros nos primeiros sete meses deste ano, uma subida de 0,74% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Notícia atualizada pela última vez às 11h50 com mais informação.

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