Domingues informou Marcelo que poderia sair na reunião em Belém
O antigo presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) disse esta sexta-feira que na reunião que teve em Belém com o Presidente da República informou o chefe de Estado que "não sabia se teria condições para prosseguir" à frente do banco. Este encontro aconteceu a 9 de Novembro do ano passado, 16 dias antes de ter apresentado a sua carta de demissão ao ministro das Finanças.
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António Domingues falava no Parlamento, perante os deputados da comissão de inquérito à contratação, saída e gestão de António Domingues na CGD.
Em resposta às perguntas colocadas pelo deputado do PSD Luís Marques Guedes, o ex-presidente do banco público contou que o único contacto que teve com a Presidência da República sobre este assunto foi na reunião de 9 de Novembro. No entanto, confirmou que terá sido informado pelo Governo no final de Junho de que o diploma com a alteração ao Estatuto do Gestor Público (EGP) "tinha sido promulgado".
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"Foi com base nessa informação que a 27 de Junho enviei a informação para o Banco de Portugal", que permitiu dar seguimento ao processo de nomeação do conselho de administração da CGD. A alteração ao EGP foi aprovada a 8 de Junho pelo Conselho de Ministros e foi promulgada a 21 de Junho. Porém só a 30 de Junho foi conhecida a decisão do Presidente da República. A lei foi referendada a 26 de Julho pelo Executivo e o diploma foi publicado em Diário da República a 28 de Julho. Quando a lei foi publicada no Diário da República não causou qualquer dúvida a António Domingues. Para o presidente da Caixa, o texto da lei garantia a dispensa de apresentação da declaração de património no Tribunal Constitucional. "O assunto estava arrumado."
A alteração ao EGP foi aprovada a 8 de Junho pelo Conselho de Ministros e foi promulgada a 21 de Junho. Porém só a 30 de Junho foi conhecida a decisão do Presidente da República.
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A lei foi referendada a 26 de Julho pelo Executivo e o diploma foi publicado em Diário da República a 28 de Julho.
Domingues contou ainda que a reunião que teve a 9 de Novembro com Marcelo Rebelo de Sousa foi pedida por si e serviu para relatar ao Presidente os termos em que ocorreram as condições e a
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Este encontro aconteceu no mesmo dia em que o Tribunal Constitucional notificou os administradores da Caixa a apresentar a declaração do património e cinco dias depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter publicado uma nota onde defendia que a lei de 1983 obrigava à apresentação da declaração de património junto dos juízes.
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