“Não precisava da garantia pública” para dar crédito para a casa a 100%
O BCP quer poder dar crédito a 100% para a compra de habitação própria permanente a todos os seus clientes, não apenas aos jovens que beneficiam da garantia pública. Na “Banca do Futuro”, Miguel Maya pede ao regulador que se oiça os bancos e que, se assim o entender, mude as regras.
“Não há nada que me faça desistir se achar que vale a pena mudar”, atirou Maya quando questionado sobre se faria sentido a banca poder conceder financiamento pela totalidade do valor do imóvel.
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“Relativamente ao tema das regras macroprudenciais, tudo o que seja proteger o consumidor e a estabilidade do sistema, acho que faz sentido”, mas no caso do financiamento a 100%, a primeira coisa que temos de ver é: quais é que são as razões de incumprimento no crédito à habitação? É o LTV, é o financiamento a 100%? Ou é o desemprego, a doença e o divórcio? Estas sãs as três maiores causas que estão na origem da maioria das situações”, disse.
“Os 100% [de financiamento no crédito à habitação] fazem sentido”, na opinião de Miguel Maya que diz que não conta “recuperar pela via garantia pública praticamente nada. A única coisa que [esta medida] dá é o conforto de poder fazer esse crédito” para a compra de casa. “Nos casos em que tiver desemprego, a doença e o divórcio vou, então, utilizar a garantia pública”, diz, mas “não precisava da garantia para este efeito”.
É neste sentido que Maya diz que “é preciso que o regulador nacional faça uma reflexão connosco”, para se perceber se faz, ou não, sentido permitir à banca financiar a 100% compra de imóveis pelos particulares. O CEO do BCP quer que o Banco de Portugal “oiça os diferentes pontos de vista e se entender” que faz sentido, mude as regras.
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