Nuno Amado passará a "chairman" do BCP. Miguel Maya será CEO
Nuno Amado deverá manter-se no Banco Comercial Português (BCP), mas poderá deixar de ser CEO e passará a "chairman". Segundo o Expresso e o ECO, o banco e os seus maiores accionistas, a Fosun e a Sonangol, juntamente com as autoridades de supervisão nacional e europeia estarão a trabalhar nas alterações ao modelo de governação do banco. Em causa, estará o reforço do papel do "chairman" junto da comissão executiva. O objectivo é que tenha mais poderes para que possa intervir de forma mais participativa em assuntos estratégicos para o grupo.
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De acordo com a informação avançada pelo ECO e pelo Expresso, António Monteiro deixará de ser "chairman" da instituição, sendo substituído por Nuno Amado que terá competências reforçadas. Já Miguel Maya passará a presidente-executivo da instituição. António Monteiro será presidente da Fundação BCP que é hoje liderada por Fernando Nogueira, segundo o ECO.
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O Expresso sublinha que a permanência de Nuno Amado no banco é dada como certa, pelo que a continuidade de alguns dos actuais administradores executivos também será. Contudo, várias fontes ouvidas pelo semanário garantem que nada está fechado.
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Miguel Maya é hoje vice-presidente do banco e está nos quadros desde 1996. Começou, em 1990, no Banco Português Atlântico, depois comprado pelo BCP. Tem como áreas de responsabilidade directas várias direcções como a de crédito, recuperação especializada, entre outros cargos junto de operações exteriores como em Moçambique, Angola e Polónia.
Estes nomes ainda têm de passar o teste "fit and proper" do Banco Central Europeu (BCE) e a Assembleia-Geral onde estas alterações serão aprovadas deverá ocorrer a 15 de Maio, diz o ECO. O mesmo site adianta que está em discussão com o BCE até a terminologia dos cargos. Isto porque a redistribuição de poderes poderá justificar a designação de "chairman" executivo e de vice-presidente executivo, aspecto para o qual o BCE parece pouco disponível. As listas deveriam ter sido entregues, no início de Fevereiro, ao regulador europeu.
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Este processo terá sido atrasado por alguns factores externos, nomeadamente a forma como a Sonangol encaixava o banco nacional nas suas decisões de investimento. A petrolífera já adiantou que o BCP continua a ser estratégico. E depois deste anúncio arrancaram as negociações sobre os novos órgãos sociais da instituição financeira com a Fosun.
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O Expresso e o Jornal Económico avançam que o BCP deverá seguir a recomendação do BCE de reduzir o número de membros do Conselho de Administração para 17, quando podia ir até aos 23.
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