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BBVA pondera retirar OPA sobre o Sabadell

Depois de o Governo espanhol determinar que o Sabadell se mantenha como entidade independente durante três anos, o BBVA admite que está a ponderar se avança com a operação. E admite uma batalha legal contra o Executivo.

Madrid dificultou a OPA do BBVA ao Sabadell, exigindo independência por três anos.
Madrid dificultou a OPA do BBVA ao Sabadell, exigindo independência por três anos. DR
25 de Junho de 2025 às 13:08

O BBVA pondera retirar a OPA sobre o Sabadell. A hipótese é admitida pelo banco e surge em resposta à decisão do Governo espanhol, que na terça-feira autorizou a operação mas impôs como condição que o Sabadell se mantenha como entidade independente durante pelo menos três anos, extensível por mais dois. Na prática, a decisão traduz-se num veto temporário à fusão, a despedimentos e a fecho de balcões.

Questionado pelos jornalistas num evento em Espanha, o responsável do banco catalão em Espanha, Peio Belausteguigoitia, afirmou esta quarta-feira que a instituição está a “considerar várias alternativas", incluindo a retirada da OPA. As declarações do gestor foram reproduzidas na imprensa espanhola.

"Estamos a avaliar a decisão do Governo de impor uma condição adicional à aquisição do Sabadell”, afirmou o responsável, prometendo que “em breve, haverá novidades".

A operação está avaliada em mais de 14 mil milhões de euros.

O ministro espanhol da Economia, Carlos Cuerpo, justificou a com a proteção do interesse geral do país. Questionado pela imprensa sobre se esta decisão é uma tentativa de dificultar o avanço da oferta pública, Cuerpo garantiu que se trata de uma "condição proporcional e equilibrada que não impede o avanço do processo". "Isto não constitui um obstáculo ao avanço do processo de integração a nível europeu e da união bancária. Estamos a proteger os interesses gerais numa transação doméstica".

A argumentação não convence o banco: repetindo uma ideia já avançada pelo chairman Carlos Torres, Belausteguigoitia também admitiu o cenário de o banco avançar numa batalha legal com o Executivo. Os gestores entendem que o enquadramento legal apenas dava ao Governo margem para manter ou flexibilizar as condições impostas pelo regulador dos mercados - e não de agravá-las. 

Notícia atualizada com informação adicional às 15h52

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