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Como se posicionam os diferentes candidatos à compra do Novo Banco

Entre os potenciais candidatos cujas ofertas não vinculativas que o Negócio sabe que foram entregues, há diferentes objectivos para a participação neste processo. Cada um tem as suas vantagens competitivas. Mas enfrenta também diferentes riscos neste leilão.

Miguel Baltazar/Negócios
23 de Março de 2015 às 00:01

Santander

Objectivo: O grupo espanhol não quererá desperdicar a oportunidade de disputar a liderança da banca privada ao BCP.

Vantagem: Por estar presente em Portugal, o Santander pode reflectir no preço a oferecer as sinergias a retirar da compra.

Risco: Apesar das sinergias, o grupo será cauteloso nas ofertas financeiras, o que pode limitar a capacidade competitiva.

Fosun

Objectivo: Grupo chinês quererá diversificar presença em Portugal, onde entrou com a compra da Fidelidade. 

Vantagem: A folga financeira será a maior vantagem da Fosun, como tem mostrado nas aquisições em Portugal e fora.

Risco: Há outros candidatos chineses na corrida, também com vontade compradora, o que pode ser uma ameaça à Fosun.

Apollo

Objectivo: Investir num banco que é valorizável e gerar complementaridade com a Tranquilidade, adquirida em Janeiro.

Vantagem: O perfil de investidor que quer valorizar o activo para revender pode ser útil se o NB deixar de fazer sentido para outros candidatos. Ter a Tranquilidade pode ser útil.

Risco: Como tem uma lógica de investimento mais financeira, a Apollo não terá disponibilidade para esticar o preço.

BPI

Objectivo: Não desperdiçar a oportunidade de tornar o BPI o terceiro maior banco português e diluir o peso de Angola.

Vantagem: As sinergias que pode obter por já estar no mercado podem ajudar a fazer oferta financeira mais elevada.

Risco: Não é prioridade dos maiores accionistas. O CaixaBank faz depender o apoio financeiro à oferta do sucesso da OPA sobre o BPI. Isabel dos Santos prefere uma fusão com o BCP.

Anbang

Objectivo: Entrar no sector financeiro de um novo mercado europeu, depois das aquisições feitas na Bélgica e Holanda.

Vantagem: Pelas aquisições feitas desde Dezembro, como a do Waldorf Astoria, tem folga financeira do grupo chinês. Pode pagar o prémio pela primeira compra em Portugal.

Risco: O interesse de outros candidatos chineses pode ser uma ameaça à oferta do Anbang Insurance Group.

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