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Deputados rejeitam pedido de Vara. Ex-banqueiro terá de ir à comissão da CGD

O ex-banqueiro terá de responder às questões dos deputados presencialmente na comissão parlamentar de inquérito. A audição está agendada para esta sexta-feira.

Armando Vara foi condenado numa pena de prisão  efetiva. Relação  do Porto confirmou
Armando Vara foi condenado numa pena de prisão efetiva. Relação do Porto confirmou
11 de Junho de 2019 às 09:39

Armando Vara terá de ir à comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD). A decisão foi tomada esta terça-feira pelos deputados, depois de o ex-banqueiro ter pedido para responder por escrito. A audição está agendada para esta sexta-feira. 

Foi no final da semana passada que Armando Vara pediu para não ir à comissão parlamentar de inquérito à gestão da CGD, alegando, através de uma carta enviada pelo seu advogado aos deputados, que está preso e que, por isso, não tem como se preparar para a audição. Além disso, disse já ter prestado todos os esclarecimentos quando foi à primeira comissão de inquérito do banco estatal.

O advogado Tiago Rodrigues Bastos relembrou, na carta a que o Negócios teve acesso, a "situação em que [Armando Vara] se encontra, a qual é do conhecimento público, e de que resulta a sua impossibilidade de acesso a qualquer tipo de informação desde há 5 meses e que inviabiliza, objetivamente, a necessária preparação sobre os assuntos que possam estar em causa na sua inquirição".

O ex-banqueiro está detido na prisão de Évora desde o início do ano, depois de ter sido condenado a cinco anos de prisão efetiva, por três crimes de tráfico de influência, no âmbito do processo Face Oculta.

Na mesma carta enviada à comissão de inquérito foi ainda referido pelo advogado que o ex-banqueiro já respondeu às questões dos deputados na primeira comissão de inquérito sobre o banco estatal. Nessa ocasião, Vara prestou "todos os esclarecimentos que lhe foram solicitados sobre a sua atuação enquanto administrador da CGD e sobre todos os dossiês em que esteve envolvido".

A "tudo isto acresce a óbvia penosidade, quer física, quer emocional, que a sua deslocação ao Parlamento acarretará", acrescentou, pedindo ainda que Vara responda por escrito caso o seu testemunho seja considerado imprescindível. Isto apesar de não beneficiar de nenhum estatuto que o permita, como é o caso, por exemplo, dos primeiros-ministros. 

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