"Espanha é o país mais importante para o grupo [Novo Banco] fora de Portugal. Espanha é um país muito bom para o banco, por isso, quem quer que compre o grupo deveria manter a sucursal espanhola", defendeu José Pinto Ribeiro, director-geral de gestão da operação espanhola do banco de transição, em declarações ao diário espanhol Cinco Días.

Os dois responsáveis da sucursal do Novo Banco em Espanha, Pinto Ribeiro e director-geral comercial, José Luís Santos, reconhecem que a instituição perdeu 10% do negócio da operação espanhola, devido à crise do BES. No entanto, garantem que a situação está a inverter-se. "Este ano captámos 2.000 clientes e os nossos depósitos aumentaram 230 milhões de euros no primeiro semestre deste ano", adiantam.

"Conseguimos ganhar quota de mercado. Até estamos a captar empresas como clientes", referem os dois gestores que foram nomeados em Fevereiro para gerir a operação espanhola do banco que herdou os activos saudáveis do BES. "A filial espanhola do Novo Banco está muito mais forte agora do que há um ano, ainda antes da intervenção no grupo", sublinham.

A aposta no mercado espanhol pretende mostrar o valor desta operação ao futuro dono da instituição, cuja venda está em curso. "Precisamos potenciar mais o banco para que o novo accionista encontre uma sucursal dinâmica e fiel a um modelo que funcionou", admite Pinto Ribeiro.