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Paulo Macedo: "Não é saudável ter 50% da banca em mãos espanholas"

A "espanholização" da banca continua a motivar comentários. Questionado sobre o futuro do Novo Banco, o CEO da CGD alinha com o ministro das Finanças na crítica a esse cenário. E admite que a Caixa pode ver utilidade na aquisição do negócio de empresas.

Paulo Macedo CGD
Paulo Macedo CGD Vítor Chi
22 de Maio de 2025 às 18:06

É mais uma farpa à "espanholização" da banca portuguesa. O CEO da Caixa Geral de Depósitos (CGD) não tem dúvidas que "não é saudável para Portugal ter 50% da banca em mãos espanholas", ideia que, sublinhou Paulo Macedo, tem defendido ao longo do tempo. 

A ideia foi expressa pelo banqueiro na apresentação dos lucros de 393 milhões de euros da Caixa. 

Provocando gargalhadas na sala, Macedo rematou dizendo não se querer pronunciar mais sobre o tema: "Não dá muita saúde discordar do que o ministro diz", brincou, quanto questionado sobre ol entendimento do responsável fo Governo pela pasta das Finanças, que numa entrevista fez afirmações no mesmo sentido - reprovando a ideia de o Novo Banco ser vendido a uma entidade espanhola.

Por outro lado, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) quer aumentar a quota de mercado no segmento de empresas e o CEO do banco público não nega que uma hipotética compra desta parte do negócio do Novo Banco poderia ajudar nesse objetivo. 

"Há muitos anos que afirmo que complementarmente a Caixa pode melhorar a sua quota de mercado na área de empresas onde temos uma quota abaixo da quota natural", afirmou Paulo Macedo na apresentação de resultados da CGD, que viu os lucros recuarem de forma residual no primeiro trimestre para 393 milhões de euros.

A frase serviu de resposta a uma pergunta sobre se o banco público poderia ponderar a compra do segmento de empresas do Novo Banco.

É uma operação na qual "os vendedores têm de dizer o que querem fazer", atirou,. confirmando que uma eventual aquisição da totalidade da instituição concorrente não é viável. "As regras da autoridade da concorrência dizem que não seria possível", repetiu.

O presidente da comissão executiva do banco deixou, de resto, o aviso: "Não estou a ver que alguém revele numa conferência de imprensa se vai comprar um banco".

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