Maior accionista da dona do Minipreço contra plano de aumento de capital
Há uma guerra aberta no seio do Dia. O maior accionista da retalhista espanhola, o fundo Letterone, detido pelo magnata russo Mijail Fridman, está contra os planos do conselho de administração da empresa, que passam por um aumento de capital de 600 milhões de euros. O responsável considera o plano insuficiente para fazer face aos problemas que estão a pressionar a empresa.
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Assim, os representantes do fundo, que detém 29% do capital do Dia, renunciaram ontem aos cargos que ocupavam para "centrar os seus esforços no trabalho de Letterone no processo de desenho e elaboração de um plano de sustentabilidade de longo prazo para a empresa", de acordo com um comunicado emitido e citado pelo Expansión.
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O maior accionista da cadeia de supermercados, que em Portugal detém a marca Minipreço, está contra o plano elaborado. Considera que é preciso um plano de negócio viável com "importantes investimentos para revitalizar a empresa", realça o jornal espanhol. E o plano do conselho de administração não incorpora esta questão.
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Além disso, o fundo de investimento considera que o Dia precisa de um "financiamento completo", que consiga dar à empresa mais capital e um prazo de maturidade da dívida mais alargado, de forma a conseguir implementar um programa de recuperação da empresa.
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O Dia está a realizar uma operação para aumentar o capital no valor de 600 milhões de euros, com a garantia do Morgan Stanley. Letterone considera que este montante é insuficiente.
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O jornal espanhol Cinco Días adianta que o empresário russo está a ponderar avançar com uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a retalhista. Isto porque há fontes do mercado que consideram que o fundo teria custos elevados com o aumento de capital face ao lançamento de uma OPA. Ora para não perder peso na estrutura accionista, o fundo teria de investir 174 milhões de euros. Já o lançamento de uma OPA custaria, para ficar com os 100% do capital, cerca de 180 milhões.
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O Cinco Días diz que o Letterone está assim a ponderar lançar um OPA de forma a implementar um plano de recuperação da empresa que considera viável.
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