Empresários da construção estão mais confiantes
O indicador de confiança dos empresários da construção registou uma variação homóloga acumulada positiva de 61% nos dois primeiros meses de 2014, aponta a Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (Fepicop) na análise de conjuntura divulgada esta quinta-feira.
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Para o aumento da confiança, explica, contribuíram as variações positivas das avaliações referentes quer à carteira de encomendas, quer às perspectivas de evolução futura do emprego do sector.
O número de desempregados oriundos de empresas do sector da construção e inscritos nos centros de emprego em Janeiro de 2014 situava-se nos 95,8 mil, um valor inferior ao registado no período homólogo de 2013, de 110,5 mil, refere a Fepicop, sublinhando que o peso dos desempregados da construção no total situava-se nos 15,2% no início de 2014.
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Já os dados relativos ao consumo de cimento registaram em Março, e após a redução de 23% verificada em 2013, a primeira variação homóloga mensal positiva, de 2%, dos últimos 67 meses.
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Por essa razão, a federação sublinha que os dados disponíveis para os meses iniciais de 2014 "revelam um andamento menos desfavorável do que o observado durante o ano de 2013”. Dados que, acrescenta, vêm confirmar as suas previsões para a evolução do sector da construção, que apontam para uma diminuição da ordem dos 4,5% da produção em 2014, depois de nos últimos anos as quebras terem sido de dois dígitos.
Relativamente à avaliação dos empresários quanto ao nível de actividade actual das empresas, o saldo acumulado até Fevereiro, face ao período homólogo, a variação positiva é de 80%, “o que indicia um sensível acréscimo no ritmo de produção das empresas”.
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Quanto à evolução da carteira de encomendas por segmento de actividade, o documento refere que verifica-se que a evolução mais favorável, no início deste ano, corresponde à do segmento da construção de edifícios não residenciais, cujo índice regista variações positivas há já seis meses consecutivos.
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Por outro lado, nos dois primeiros meses de 2014, foram licenciados 1.040 novos fogos habitacionais, o que traduz uma quebra homóloga de 20%.
A Fepicop destaca ainda que em termos homólogos até Fevereiro, “observou-se um forte crescimento do montante de obras lançadas a concurso (mais 82%), a par de um acréscimo, se bem que mais ligeiro, do valor dos contratos celebrados (mais 14,5%)”.
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Neste período, foram lançadas 304 obras no valor de 449,1 milhões de euros e divulgada a celebração de 104 contratos de empreitadas de obras públicas, no montante de 75,9 milhões de euros.
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Já no plano financeiro, a federação realça que o “stock” de crédito bancário às empresas de construção se manteve em queda, rondando os 17,1 mil milhões de euros em Janeiro passado, menos 13,4% do que o montante apurado no mesmo mês de 2013, “traduzindo uma clara redução do nível de endividamento do sector”.
O montante de crédito malparado da responsabilidade das construtoras continua, contudo. a assumir um peso excessivo no montante de crédito concedido ao sector: 24,2% em Janeiro último, quando era de 19,3% um ano antes. Um montante que equivalente a 35% do total de crédito mal parado da responsabilidade das empresas de todos os sectores de actividade.
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