Teixeira Duarte reduz prejuízos após perdas menores com BCP e câmbios
A Teixeira Duarte anunciou esta terça-feira que fechou o primeiro semestre com um resultado líquido negativo de 9,09 milhões de euros, o que compara de forma favorável com os prejuízos de 35,77 milhões de euros registados um ano anos.
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Foram sobretudo dois os factores que explicam esta descida de 74,6% nos prejuízos: as menores perdas com variações cambiais e com a participação accionista que detém no BCP.
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Em Junho de 2017 as diferenças cambiais eram negativas em 3 milhões de euros, um valor bem inferior aos 23,7 milhões de euros negativos registados nos primeiros seis meses do ano passado.
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Já as imparidades com a participação accionista no BCP foram de 5 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, quando no mesmo período do ano passado as perdas tinham sido de 14,8 milhões de euros.
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Além disso, a Teixeira Duarte aproveitou o aumento de capital do BCP para reduzir a exposição ao capital do banco, através da venda dos direitos de subscrição, que geraram para a cotara um encaixe de 6 milhões de euros.
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Contas feitas, nas variações cambiais a Teixeira Duarte voltou a perder dinheiro mas a evolução entre os dois semestres foi positiva em 20,6 milhões de euros. O BCP também continua a ser um fardo para as contas da construtora, mas a evolução entre os dois períodos foi de 18,6 milhões de euros.
Estas duas rubricas têm impacto nos resultados financeiros, que assim registaram uma evolução positiva considerável. Passaram de um valor negativo de 72,3 milhões de euros no primeiro semestre de 2016 para 43,2 milhões de euros na primeira metade deste ano.
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Indicadores operacionais em queda
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Se os resultados financeiros registaram uma evolução positiva, o mesmo não se pode dizer dos indicadores operacionais.
Os proveitos operacionais da construtora desceram 15,1% para 500 milhões de euros e o EBITDA registou uma quebra de 8,9% para 87,84 milhões de euros.
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Ao nível das receitas, a quebra foi sentida em quase todos os mercados, sendo que em Portugal a descida foi de 14,6%, o que também é explicado pela venda de activos no sector da energia.
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Os outros mercados, que representavam 83,2% deste indicador em Junho do ano passado, desceram globalmente 17,1%, passando a representar 82,8% do total do volume de negócios da cotada.
As quebras mais fortes foram sentidas na Venezuela (-82%), Moçambique (-47,4%) e Angola (-20,8%), sendo que este último continua a ser o relevante para a Teixeira Duarte, pesando cerca de 40% do total das receitas.
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Ao nível da dívida líquida, baixou 1,7% para 1.113 milhões de euros.
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