O grupo de investimento COREangels lançou um novo fundo, com cinco milhões de euros de capital, denominado SportsTech e que tem como objetivo apoiar projetos de inovação tecnológica no desporto. A ambição da nova iniciativa passa por apoiar até três dezenas de startups com um investimento médio de 120 mil euros por projeto.

"Existe um vasto potencial para a tecnologia transformar todas as facetas do desporto, desde o desempenho dos atletas até ao envolvimento dos fãs e à gestão de clubes. Estamos entusiasmados por liderar este movimento", comenta, em comunicado, Maurizio CAlcopietro, sócio do novo fundo. O COREangels SportsTech tem sede em Lisboa e será gerido pelo também grupo de investimento OW Ventures.

Segundo um relatório da Pulsar Sports, o setor das tecnologias aplicadas ao desporto teve receitas de 350 milhões de euros em 2024, sendo expectável que o valor cresça até aos 470 milhões de euros já nos próximos dois anos. É este crescimento de mercado que a COREangels SportsTech pretende capitalizar.

Além da evolução positiva que se antecipa em termos de capital alocado a este segmento, a COREangels SportsTech sublinha que existem poucos mecanismos de apoio para novos projetos nesta área.

Os cinco milhões de euros que o fundo vai ter disponíveis são para projetos ainda em fase embrionária (pré-seed e seed), com apenas seis meses de vendas ou que ainda estejam a testar a procura do mercado. "Cada projeto investido é diretamente acompanhado por um dos business angel, que se assume como seu mentor e conselheiro", sublinha na nota de imprensa Luis Gutman, sócio da OW Ventures.

O fundo vai estar atento a projetos ligados à inteligência artificial e análise de dados, equipamentos inteligentes, plataformas de software para clubes e organizações, soluções de interação com os adeptos e também ainda a oportunidades no setor dos desportos eletrónicos (e-sports).

Ainda de acordo com a informação disponibilizada, COREangels SportsTech quer juntar entre 50 a 60 investidores neste novo fundo, com uma participação média de 85 mil euros por investidor. A primeira reunião está agendada já para outubro e o fundo tenciona fazer os primeiros investimentos no início de 2026.