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Primeiro-ministro francês recebe taxistas em protesto

Cerca de 1.500 taxistas cortaram esta manhã vários pontos de acesso a Paris contra o que dizem ser o silêncio das autoridades em relação ao sistemas de transporte individual que argumentam funcionar em "concorrência desleal".

Paris protestos uber taxis
Paris protestos uber taxis Reuters
26 de Janeiro de 2016 às 12:06

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, recebe esta terça-feira, 26 de Janeiro, uma delegação de taxistas que se encontram em protesto em Paris e outras cidades do país contra o que dizem ser a concorrência desleal de sistemas de transporte individual como a Uber.

A reunião contará ainda com a presença do ministro do Interior, Bernard Cazeneuve e o secretário de Estado dos Transportes, Alain Vidalies.

Desde o início da manhã, pelo menos milhar e meio de taxistas estão concentrados em zonas centrais de Paris barricando alguns dos principais acessos à capital francesa e em acções de protesto que já resultaram em confrontos físicos.

As manifestações foram convocadas por duas centrais sindicais contra a alegada concorrência ilegal de sistemas de transporte como o Uber, e ocorrem, sobretudo, junto dos aeroportos da cidade (Roissy e Orly) e da zona de Porte Maillot, um dos principais acessos à capital francesa – que foi reaberto depois de duas horas encerrado - , bem como em frente ao Ministério da Economia e das Finanças.

Os protestos estendem-se ainda a cidades como Toulouse, Maselha, Aix-en-Provence e Lille, em particular junto às estações de comboios.

Segundo o Le Monde, 19 manifestantes foram detidos pelas autoridades, tendo ainda sido detectadas 20 situações relacionadas com episódios de violência, porte ilegal de arma e fogo posto. Os meios de comunicação falam de um "ambiente exaltado" e as imagens mostram estradas cortadas com recurso a pneus em chamas.

Os taxistas, vindos de vários pontos do país, iniciaram ainda uma marcha lenta que envolveu cerca de 300 viaturas junto ao aeroporto de Roissy – Charles de Gaulle.

Quem tem estado a ganhar com a paralisação são serviços mais recentes e concorrentes do táxi tradicional. Segundo o Le Figaro, a plataforma YoCAB, de moto táxis, registou um aumento de 150% a 200% de reservas esta manhã. Ainda assim, há notícia de vários destes veículos apedrejados durante os protestos.

Benjamin Cardoso, presidente da LeCab - uma empresa de aluguer de viatura com motorista com funcionamento semelhante à Uber - defendeu, entretanto, que o verdadeiro problema dos taxistas não são estes sistemas concorrentes, mas os 10 mil motoristas clandestinos que trabalham à noite em Paris.

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