Accionistas da ContentLab atribuem à Jerónimo «ligeireza» nas acusações
Os accionistas da ContentLab atribuem à Jerónimo Martins «ligeireza» na fundamentação das suas acusações contra a tentativa da Gleason Carmichael e da Delavale de suspender a cisão da distribuidora nacional em duas empresas distintas.
Os accionistas da ContentLab atribuem à Jerónimo Martins «ligeireza» na fundamentação das suas acusações contra a tentativa da Gleason Carmichael e da Delavale de suspender a cisão da distribuidora nacional em duas empresas distintas.
Em comunicado, os accionistas da incubadora de projectos na Internet reiteram que a cisão da empresa liderada por Soares dos Santos resulta em «prejuízo para a satisfação dos seus créditos», que ascendem aos 370,89 milhões de euros (74,36 milhões de contos), derivados do facto da Jerónimo não ter subscrito um aumento de capital da ContentLab o ano passado.
A Jerónimo Martins [JMAR] publicou um
«Não se pode ignorar a ligeireza com que é produzida a afirmação no nº13 do comunicado sob resposta de que “a pretensão por eles manifestada...carece de fundamento sério”, quando tal “fundamento” não é ainda do conhecimento de JM», afirmam em comunicado os accionistas da ContentLab.
A Jerónimo Martins, no comunicado de 14 de Agosto, reclama-se credora dos accionistas da ContentLab, por estar a decorrer em tribunal uma acção em que a distribuidora reclama 5,49 milhões de euros (1,1 milhões de contos) pelo não cumprimento do contrato que previa o aumento de capital daquela empresa, através do qual a Jerónimo reforçaria a sua posição de 10% para 70% na ContentLab.
A Gleason e a Delavale contrapõem, afirmando que, se a distribuidora se considera sua credora por uma acção que ainda decorre em tribunal, a Jerónimo acaba por reconhecer, através do mesmo fundamento, que aquelas empresas são suas credoras, uma vez que ainda não houve decisão judicial quanto ao pedido de indemnização à Jerónimo Martins, pela não subscrição do aumento de capital.
«Tal afirmação bastaria, por identidade de razão, para sustentar a qualidade de credoras às Delavale e Gleason do montante de PTE 74.357.972.245$00 da JM, para além do disposto na lei», de acordo com o comunicado dos accionistas da ContentLab.
A Gleason e a Delavale anunciaram a semana passada que iriam solicitar a dedução de oposição judicial à operação de cisão da JM «nos próximos dias», o que resulta na suspensão de operação da JM, facto que se deverá traduzir numa perda mensal de 2,49 milhões (500 mil contos), caso a suspensão se concretize.
As acções da Jerónimo Martins seguiam a cair 0,38% para os 7,83 euros (1.570 escudos).
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