Barbosa & Almeida descontente com fornecimento da EDP e com requisitos ambientais
A BA-Fábrica de Vidros Barbosa & Almeida, do grupo Sonae, mostra-se descontente com o nível de serviço da distribuição eléctrica em Portugal, tendo apresentado reclamações junto da EDP, da Direcção Geral de Energia e da ERSE.
A BA-Fábrica de Vidros Barbosa & Almeida, do grupo Sonae, mostra-se descontente com o nível de serviço da distribuição eléctrica em Portugal, tendo apresentado reclamações junto da Electricidade de Portugal (EDP), da Direcção Geral de Energia e da ERSE.
«Nos últimos dois anos, tem-se assistido a uma deterioração da fiabilidade do fornecimento» da EDP, revelou, no Relatório e Contas de 2002, a fabricante de vidros da Marinha Grande e Avintes.
A título de exemplo, as fábricas de Avintes e da Marinha Grande sofreram, durante 2002, 53 cortes ou micro-cortes de corrente, de que resulta, em média, uma interrupção por semana, adiantou a mesma fonte.
A qualidade do serviço da EDP foi alvo de nova regulamentação governamental. Nessa medida, a eléctrica nacional liderada por Francisco Sánchez propôs-se investir 50 milhões de euros para melhorar a sua qualidade do serviço que decorrerá em três etapas.
BA com dificuldades em cumprir requisitos ambientais
A BA decidiu não proceder ao registo no Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria, após terem sido atribuídas às unidades portuguesas os certificados de qualidade.
Esta decisão serve de «protesto pela forma como o Governo de Portugal tem vindo a introduzir alterações nos valores-limite de diferentes variáveis, no período de vigência do contrato», destacou a mesma fonte.
Também relativo ao exercício de 2002, a fábrica de vidros reitera, «com mais veemência, que é muito difícil, senão mesmo impossível, contemplar alterações frequentes aos requisitos ambientais numa indústria de elevada intensidade de capital».
O ciclo de renovação tecnológica nesta indústria é de 12 anos, reforçou a mesma fonte.
No ano passado, o volume de investimentos corpóreos da Barbosa & Almeida [BBA] consolidados atingiu 5,6 milhões de euros.
A Sonae Capital detém 49,97% do capital da BA e o Banco BPI é titular de 16,14% do capital da empresa.
As acções da Barbosa & Almeida encerraram inalteradas nos 16,99 euros.
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