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BPF: "Precisávamos de uma intervenção imediata" para apoiar as empresas contra as tarifas

Gonçalo Regalado admite que não estava a contar com a guerra comercial que, entretanto, se tem vindo a desenrolar. Mas, enquanto líder do BPF, diz presente para ajudar as empresas.

Gonçalo Regalado
Gonçalo Regalado Vítor Mota
17 de Abril de 2025 às 11:59

Entrou no Banco Português de Fomento pouco tempo antes de Donald Trump chegar, novamente, à Casa Branca. Pouco mais de três meses volvidos, Gonçalo Regalado, e o resto do mundo, conhecem um mundo novo, marcado por uma guerra comercial fomentada pelos EUA. O CEO do banco não estava à espera, mas está preparado para ajudar as empresas portuguesas a superarem este desafio.

"Não equacionávamos que teríamos de ser chamados para um projeto desta dimensão para apoiar as empresas", afirmou Regalado durante o evento de balanço dos primeiros 100 dias da nova administração. "Não esperávamos uma guerra comercial", mas a realidade é que o mundo está mergulhado nela, com os EUA a dispararem tarifas contra todos os países, embora com algumas pausas na implementação.

Regalado diz que os EUA representam 6,7% das nossas exportações. Há um impacto direto de 5,2 mil milhões de euros, em valor dessas exportações, mas há depois o impacto indireto via exportação para outros países que, por sua vez, exportam para os EUA.

"Temos 3.400 empresas que exportam para os EUA", disse, mas são 316 mil postos de trabalho, 74 mil milhões do volume de negócios e 43 mil milhões de euros em exportações, ou seja, 39% do total. É neste sentido que, diz, "Precisávamos de uma intervenção imediata" para ajudar as empresas e as exportações, além do PIB.

Esta intervenção imediata traduz-se no "Programa Reforçar", apresentado pelo Governo, que assenta em grande medida em garantias do BPF. No âmbito deste programa houve um reforço da linha BPF InvestEU de 3.550 para mais de 8.000 milhões de euros, mas também o lançamento da BPF Invest PT Export, com mil milhões para fundo de maneio e 2.100 milhões para investimento e 400 milhões em subvenções.

Este é um "plano de resposta de natureza comercial de cerca de 10 mil milhões de euros", disse o CEO. Esperamos que [a sua utilização] não seja numa lógica de necessidade, mas de investimento", atirou Gonçalo Regalado.

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