pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Deputados discutem questionário a Sócrates a 5 de Maio

A comissão de inquérito à actuação do Governo na tentativa de compra da TVI reúne-se dia 5 de Maio para elaborar o questionário a dirigir ao primeiro-ministro, José Sócrates.

27 de Abril de 2010 às 17:59

A comissão de inquérito à actuação do Governo na tentativa de compra da TVI reúne-se dia 5 de Maio para elaborar o questionário a dirigir ao primeiro-ministro, José Sócrates.

No final da reunião de coordenadores da comissão de inquérito, o presidente da comissão, João Bosco Mota Amaral, afirmou que foi decidido enviar o questionário só depois de realizadas as audições.

Inicialmente estava previsto que as perguntas seriam elaboradas até dia 25 de abril. A última audição da comissão foi marcada para dia 4 ao administrador da Prisa Manuel Polanco, às 15:30.

Na reunião da próxima quarta feira, dia 5, os grupos parlamentares farão "o ponto da situação" e depois disso trabalharão nas perguntas a enviar ao primeiro-ministro, disse. De acordo com o calendário hoje fixado na reunião, o relatório vai ser discutido nos dias 12 e 14 de Maio.

Mota Amaral afirmou acreditar que o primeiro-ministro não vá esgotar o prazo de 10 dias para enviar as respostas por escrito, o que atrasaria o calendário previsto.

"Estou certo que ele [José Sócrates] está ansioso por responder para tirar esse assunto da sua agenda, de forma que contamos que ele tenha em conta que a comissão termina o prazo de funcionamento dia 17 de Maio", afirmou.

A comissão admite prescindir da audição ao administrador da Prisa Luís Cebrian. Mota Amaral explicou que até ao momento ainda não obteve resposta sobre se o administrador viria ou não prestar depoimento.

"Não temos resposta, mas como vamos ter o próprio presidente da Prisa, se por ventura não puder vir, prescindiremos do seu depoimento", disse Mota Amaral.

Apesar da agenda apertada - a comissão termina o prazo de funcionamento a dia 17 de maio - Mota Amaral reiterou que não admite atrasos.

"Isso é uma matéria na qual tenho posto o empenho rigoroso desde o primeiro momento e tenho contado com a compreensão e colaboração dos representantes dos grupos parlamentares. Nós estamos ansiosos por que este inquérito seja cumprido dentro do tempo do despacho do senhor Presidente da Assembleia da República", afirmou Mota Amaral.

Questionado pelos jornalistas, o presidente da comissão disse que o requerimento do PSD pedindo as transcrições das escutas que envolvem Armando Vara e Paulo Penedos, seguiu para a Comarca do Baixo Vouga no dia 22.

Questionado sobre as garantias de confidencialidade que eram exigidas pelos magistrados, Mota Amaral disse que hoje a comissão entendeu que essas garantias serão as que decorrem da lei.

"Está combinado que ao recebermos essa documentação, não será circulada. Ficará com uma reserva especial, nos serviços de apoio ou até na minha própria posse e os deputados coordenadores terão acesso a ela se e quando ela chegar", disse.

A comissão de inquérito visa apurar se "o Governo, directa ou indirectamente, interveio na operação conducente à compra da TVI e, se o fez, de que modo e com que objectivos" e "apurar se o primeiro ministro disse a verdade ao Parlamento na sessão plenária de 24 de Junho de 2009", quando afirmou não ter sido informado.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio