Desafiante é como esperam mais de 100 líderes que seja o ano de 2019
As preocupações e as oportunidades para 2019 foram expressas por mais de 100 líderes nacionais em depoimentos ao Negócios neste arranque do ano.
António Miguel Ferreira

A economia portuguesa tem dado sinais positivos, mas ainda é débil. O grande desafio de 2019 será o de mobilizar políticos e cidadãos para a necessidade de acelerar a reforma do Estado e do Sector Público, criando condições para o Sector Privado poder contribuir mais para a economia e, sobretudo, redefinir a ambição e metas de crescimento do País.
José Tribolet

Ano bipolar: Continuidade, com agravamento dos fatores desestabilizadores da economia global e das democracias; Ou descontinuidade, com emergência de crise internacional derivada da guerra comercial desencadeada pelos EUA, e agravada como focos de guerra ativa.
Ilídio Serôdio

Grande desafio nos negócios num mundo cheio de conflitos políticos e económicos regionais e globais - China, EUA, Rússia, Médio Oriente, UE com Brexit.
João Levy

Ano difícil com maior peso do estado.
Marta Araújo

Desaceleração em relação a 2018.
Nuno Garoupa

Mais um ano a empurrar os problemas para o futuro.
António Carlos Santos

Ano de riscos acrescidos na Europa e, em particular, na União Europeia. Tensões sociais não só em Itália, França, Reino Unido, Espanha, mas também no grupo de Visegraad. Esgotamento da intervenção do BCE. Crise no Brasil e na Argentina. Subida de tensão nos países árabes. Crescimento da importância da China e da Índia.
Fernando Neves de Almeida

Um grande desafio.
João Borges de Assunção

Continuação do processo de recuperação da economia mundial ainda no rescaldo da Grande Recessão de 2007-08.
Francisco Pedro Balsemão

Um ano em que a economia vai crescer, mas a um ritmo mais lento. O aumento do protecionismo globalmente é uma preocupação crescente.
António Saraiva

Um ano fortemente marcado pelas eleições, por tensões sociais e pela mediatização de processos judiciais.
Miguel Velez

Prevejo que seja um ano com dificuldades acrescidas resultantes de interesses de alinhamentos políticos que não potenciam o crescimento e levem a uma cada vez maior desagregação social, acompanhada por um desaceleramento do crescimento, nomeadamente no turismo, com os movimentos radicais a condicionaram a pacífica convivência de interesses em prol da economia e do corredor desenvolvimento social.
Gonçalo Rebelo de Almeida

Do ponto de vista turistico, haverá uma inversão da tendencia de crescimento dos ultimos anos, prevendo-se uma estabilização ou ligeira queda, provocada essencialmente pelos seguintes fatores: Instabilidade num dos principais mercados emissores europeus - UK e potencial desvalorização da libra, recuperação dos fluxos turisticos na Turquia, limitações do aeroporto de lisboa.
José Theotónio

Um ano em que pode haver muita instabilidade política e social com implicações graves em termos económicos.
Luís Araujo

Ano de clarificação de posições e início de ciclo, político, económico e social a nível nacional. Internacional: de crescente Divisao.
Pedro Pita Barros

A um contexto internacional de provável desaceleração do crescimento económico e provável aumento das taxas de juro adiciona-se a incerteza resultante das eleições, europeias primeiro e legislativas depois. Haverá então pressão sobre despesa pública com juros, e menor espaço orçamental por menos receitas fiscais e maior despesa de apoio social do que é esperado. A subida das taxas de juro afetará também o financiamento das empresas, necessário para investimento e crescimento futuro da produtividade.
António Nogueira Leite

2019 evidenciará ainda mais o esgotamento do modelo de ajustamento orçamental seguido nos últimos anos, tornando-se ainda mais notória a dificuldade em ter os serviços e empresas públicas a prestar um serviço aceitável após anos de insufcientes dotações para funcionamento e adiamento constante dos investimentos. O fim do ciclo legislativo poderá ter impacto negativo na evolução da despesa, à semelhança do que tem sempre acontecido em Portugal, inclusivamente em 2015. O crescimento económico será ainda assim positivo mas mantendo-se a divergência face aos países europeus com níveis de desenvolvimento semelhantes.
Mário Assis Ferreira

Será um ano de divisionismo na U.E., agravado pelo Brexit e pelo surto de partidos nacionalistas de extrema direita e xenófobos. A esta situação somar-se-à, a saída da política de Angela Merkel e a perda de influência de Macron. Surgirão novos líderes, mas com ideologias duvidosas. Todavia, o Euro manter-se-à!
Pedro Braz Teixeira

Um ano de grande turbulência. Novas evoluções na guerra comercial entre EUA e o resto do mundo. Brexit muito incerto nos contornos. Tensão na zona euro e na UE, com enfraquecimento do eixo Alemanha-França, fortes discussões orçamentais, protagonizadas por França e Itália. Mercados emergentes com riscos de pedidos de ajuda externa.
Rosa Cullell

Muito instável políticamente em Europa. Baixa do crescimento em Portugal.
Octávio Viana

Baixo crescimento económico, ambiente de taxas de juro baixas a manter-se, alterações no mercado laboral (GIG economy), envelhecimento da população, pressões nas margens de lucro de empresas chave da economia e principalmente o grande evento no horizonte que é o Brexit são os principais riscos na zona Euro e concomitantemente em Portugal.
Manuel Pinheiro

Um ano rodeado de incertezas: o Brexit, a instabilidade política na Europa, o fim da injecção de capital pelo BCE, os ricos de proteccionismo. Hoje, como sempre, temos de investir mas é difícil antecipar o rumo dos eventos.
Mário Ferreira

Será um ano de grandes conquistas além Mar ! Exportar e Internacionalizar cada vez mais são palavras de ordem.
Ricardo Henriques

O ano de 2019 será pautado por algum abrandamento económico em Portugal, motivado pelo abrandamento generalizado dos mercados internacionais, mas com forte potencial de crescimento e consolidação em áreas especificas, como é o caso do turismo. A Inovação e a Diferenciação serão fatores fundamentais para a sustentabilidade e crescimento das empresas. Contudo, deverá ser dada especial atenção às mudanças culturais e instabilidades sociais em alguns mercados, que poderão mudar o paradigma de negócio atual.
Eric van Leuven

Na minha área de atuação, de consultoria imobiliária, prevejo um 2019 ainda com bastante dinamismo, pois a confiança das empresas e o excesso de liquidez dos investidores permanecem. Pode eventualmente revelar-se um pouco menos exuberante do que 2018, em virtude da recente escalada de preços, do custo mais alto do dinheiro, e da "política anti imobiliária" do atual governo, que apregoa querer estimular o mercado de arrendamento mas parece fazer tudo para o hostilizar!
Carlos Barbot

Ano difícil com muitas incógnitas em muitos países quer na Europa quer fora dela. A estabilidade do próximo parlamento português é importante e uma maioria do PS é desejável. Mais geringonças não são desejáveis. O Governo tem de ter coragem para cortar a despesa tal como fizeram os privados.
Ricardo Reis

Continuação da estagnação económica em Portugal, sujeito ao risco de choques externos que imponham mais austeridade nas contas públicas para pagar a enorme dívida. A política económica continuada de reposição e redistribuição de rendimentos no sentido de alguns funcionários públicos vai gerar crescente frustração nos grupos que acham que estão a ser passados para trás por não protestarem tão alto quanto outros.
Helena Painhas

Melhor.
Luís Portela

O grande desafio global, em 2019, será a capacidade dos novos líderes políticos assumirem como prioridade a defesa dos valores universais e, subsequentemente, dos superiores interesses das pessoas. De todas as pessoas, no respeito pelos seus direitos e na assunção das suas responsabilidades.
O grande desafio da União Europeia, em 2019, será perceber que está a perder liderança no contexto internacional e reagir na defesa dos seus grandes valores, reformando-se e investindo apropriadamente. Assim se poderá manter como espaço exemplar para o mundo.
O grande desafio de Portugal, em 2019, será manter o equilíbrio político, que permita um reforço da estabilidade na governação e o relançamento do desenvolvimento económico. Assim se proporcionarão melhores condições de vida aos portugueses e uma efetiva redução da dívida do país.
Paulo Pimenta

Vai ser um ano muito similar a 2018, com continuação da redução do desemprego, mas um aumento da contestação social, e um aumento dos custos públicos devido as próximas eleições, onde o governo vai querer ganhar votos dessa forma.
Miguel Fonseca

Um ano com algumas incertezas macro-economicas. Fala-se muito da proxima crise, mas mesmo assim creio que sera um ano de consolidacao de projectos empresariais alinhados com o passado e devido a incerteza creio que aparecerao poucos novos projectos. Uma outra hipotese no caso de termos solidez politica e macro economica e virmos a ter um ano de crescimento bem sustentado economicamente e de emprego.
Gonçalo Soares da Costa

Em Portugal, existem condições para que 2019 traga continuidade na sofisticação das empresas e poder de compra dos consumidores. Espero que a campanha eleitoral não venha por em causa o que tem vindo a ser conquistado desde 2011. Na Europa, o desfecho da novela Brexit será muito relevante, aportando maior ou menor força aos movimentos de direita nacionalista - esperemos que o processo (em si lamentável) elucide e inspire os europeus, para que ignorem promessas tolas de novos Farage e companhia.
António Comprido

A nível europeu e nacional, 2019 deverá ser caraterizado por uma grande instabilidade. As eleições para o Parlamento Europeu, Assembleia da República e Assembleias Regionais deverão provocar focos de tensão e imprevisibilidade que poderão ser agudizadas ou atenuadas pelos resultados obtidos e pelos mapas parlamentares que daí resultarem. Também o clima e as incertezas à volta da saída do Reino Unido da União Europeia constitui um potencial fator de instabilidade.
A juntar às questões europeias outros, e porventura mais complexos processos da geopolítica mundial, poderão significar um ano de 2019 cujos contornos são difíceis de prever. A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, as consequências das sanções impostas ao Irão, a desnuclearização da Coreia, e o fim ou a continuidade do isolamento do regime norte-coreano são apenas alguns dos exemplos mais visíveis desta realidade.
Por outro lado o esperado abrandamento do crescimento económico, as questões relativas às migrações e toda a problemática relativa às alterações climáticas e aos acordos (ou falta deles) para as combater constituem ingredientes que tornam 2019 um ano dificilmente previsível.
António Bernardo

Estou positivo em relação a 2019. Portugal vai continuar a aumentar as exportações e com controlo das contas públicas. A Europa vai usar as incertezas para reforçar a união entre países.
José Veiga Sarmento

Difícil acumular mais complicações do que as que estão em carteira para 2019. Só para a Europa temos: caos na Grã-Bretanha, insurreição em França, apatia na Alemanha, Parlamento Europeu submergido pela extrema direita anti europa, fascismo renascido em Itália, nacionalismos a vingar na Europa Central e do Leste. Para um projecto federal nascido há 60 anos que era suposto acabar com as guerras na Europa, 2019 não aparece com um bom augúrio.
Vitor Escaria

Um ano marcado por muitas incertezas cuja concretização tanto pode resultar num ano bem pior que o esperado como num ano bem melhor.
Joaquim Cunha

Vejo 2019 com alguma preocupação. A conjuntura internacional apresenta algumas nuvens cinzentas no horizonte e no plano interno um clima de maior conflitualidade parece estar instalado. Pior do que a conflitualidade há uma diminuição do foco no desenvolvimento. Resta a esperança e a crença de que, apesar de alguns contratempos, uma importante parte do país seguirá o caminho da inovação e a aposta na internacionalização da nossa economia.
Luis Lima

No imobiliário dever-se-á manter uma rota de crescimento, mas é possível que haja um arrefecimento sobretudo devido à ausência de stock imobiliário e de medidas efetivas que possam dinamizar a promoção de oferta a preços acessíveis, tanto no mercado de compra e venda como no mercado de arrendamento.
Francisco Horta e Costa

Diretor-geral da CBRE
Ano desafiante tendo em conta a desaceleração do crescimento económico, o aumento das greves e a instabilidade provocada por eleições. Ano para credibilizar as instituições, fragilizadas por escândalos como os casos verificados na Assembleia da República. No entanto, Portugal vai continuar no radar das empresas internacionais e dos investidores, assim como dos turistas e há que aproveitar esta vaga em 2019.
José Veiga

O próximo ano, será de eleições! Quer isto dizer que os imprevistos económico/sociais irão acontecer, numa reacção natural à tendência das sondagens. A euforia do consumo irá continuar, pelo menos até final do 1ºSemestre. Os indicadores de incumprimento de crédito ao consumo, que já são evidentes em 2018, irão pronunciar-se, pelo que 2019 será provavelmente o inicio de um novo ciclo.
Pedro Helder

A nível nacional, o ano de 2019, irá ser marcado pela realização dos dois actos eleitorais mas, sobretudo, pela realização de eleições legislativas em outubro.
Isto porque, por um lado, a instabilidade social irá aumentar com a marcação de greves, o que irá permitir uma afirmação dos parceiros à esquerda e, sobretudo, do PCP. Por outro lado, a governação também estará condicionada pela realização de eleições. Por este motivo, o Orçamento de Estado de 2020, só será aprovado no final do terceiro trimestre deste ano pelo que, até esta altura, existirá uma total indefinição, para as empresas, relativamente à política orçamental para 2020.
João Vitorino

Um ano em que se começará a evidenciar que o modelo económico e social da social-democracia não funciona. Porque a democracia está a mostrar a sua outra face: a do "governo dos pobres" em que os governos não governam e deixam os pobres decidir (veja-se Macron e os coletes amarelos). Porque o Estado Social se tornou numa caixa de tortura para quem nele trabalha ( veja-se os enfermeiros em Portugal) e para quem dele devia beneficiar. 2019 será o ano em que o povo descontente começa a pôr em causa a democracia e a ansiar por ditadores: uns , ao estilo bolchevique, para tirar dos ricos e dar aos pobres e outros para que alguém ponha ordem na desordem.
Paulo Coelho Lima

Prevemos alguma desaceleração da actividade mundial com possíveis impactos ao nível das empresas exportadoras para o qual muito contribuirá o Brexit.
Francisco Calheiros

Vejo com alguma apreensão os desafios que se perspetivam para 2019, nomeadamente o Brexit, no plano internacional, e o ciclo eleitoral que se inicia, no plano nacional. Julgo que as Eleições Legislativas de outubro irão levar a algum impasse na tomada de decisões importantes e estruturantes para o país, como é o caso do aeroporto de Lisboa. Infelizmente, 2018 não nos trouxe a solução para este grave problema, que afeta e muito o crescimento da economia nacional, e temo que em 2019 não seja diferente’
Paulo Ralha

Com muita expectativa: ou há um reforço da integração política e cultural na UE, ou teremos graves problemas económicos e financeiros. Os EUA continuarão numa deriva caótica, mas ainda assim rentável para a sua economia. A China vai reforçar a sua posição de maior potência mundial.
Paulo Nunes de Almeida

Politicamente, que não seja marcado por eleitoralismos, tendencialmente prejudiciais ao equilíbrio das contas públicas. Economicamente, que consigamos crescer mais e de forma sustentável, sobretudo por via do aumento do investimento e exportações. Será um grande desafio para as empresas, face ao abrandamento previsto no bloco económico em que Portugal se insere e no qual materializa grande parte do relacionamento económico com o exterior, mas também face ao Brexit e ao maior protecionismo global.
Rogério Fernandes Ferreira

Com esperança.
Fernando Negrão

Com dificuldades decorrentes da crise das democracias clássicas na europa, da incerteza nos EUA, dos perigos origem na Rússia e da paciência imperialista da China!
Carlos Marinheiro

A gestão da fase de abrandamento da economia vai ser crucial. No campo orçamental o impacto conjugado desse abrandamento na receita fiscal com o custo das medidas decididas nos orçamentos anteriores e a continuação do processo de capitalização do Novo Banco torna particularmente exigente o objectivo para o défice.
Mário Azevedo Ferreira

Ano cheio de incertezas, devido às consequências do Brexit, ao resultado das eleições em Portugal e Europeias e à concorrência internacional na area de negócio da minha empresa - Hotelaria.
João Miranda

As variáveis em 2019 serão diversas, pelo que, o nível de incerteza para a nossa economia será enorme. Às conhecidas duvidas acerca do impacto do Brexit, ou das politicas de protecionismo que começam a proliferar, deveremos ainda juntar os riscos das convulsões sociais nos países europeus… Portugal será sempre uma economia marginal em que a sua performance dependerá sempre, da performance da Europa e da economia global.
Paula Carvalho

Quando procuramos traçar o cenário para 2019 é difícil alhearmo-nos de todos os fatores de risco e incerteza, económica e política, que povoam o horizonte. Não vou enumerá-los dado que são sobejamente conhecidos e a sua mera referência provoca uma dose de pessimismo talvez excessivo. Esperamos que 2019 seja uma ponte para uma nova etapa, de regresso à normalidade da política monetária, com crescimento económico um pouco mais fraco mas, ainda assim, mais sustentável. Globalmente os desafios são muito significativos, mas são superáveis, quer a nível político quer económico. 2019 será um ano importante para clarificação e definição das tendências globais dominantes, um ano de desanuviamento e impulso económico positivo. Internamente, o país está mais robusto do ponto de vista económico. Basta apenas progredir no sentido certo, concentração nas reformas e melhoria dos pontos mais vulneráveis, em direção a uma economia mais próspera e inclusiva.
Votos de um excelente Ano de 2019!
Arménio Carlos

Um ano em que é preciso romper com a legislação laboral de direita para avançar nos direitos e valorizar os trabalhadores. A melhoria dos seus rendimentos e das condições de trabalho e de vida é indissociável da evolução do bem-estar das famílias, da evolução da sociedade e da coesão económica e social do país. Como alguém escreveu um dia "A VIDA É UMA LUTA, MAS É LUTANDO QUE SE VENCE".
Nuno Moreira

A evolução dos preços dos combustíveis tradicionais é influenciada por fatores de natureza geopolítica que extravasam meras lógicas de procura e oferta. Nesse sentido, um mundo interdependente, mas que está em tensão em demasiadas frentes, traz oscilações ao preço dos combustíveis tradicionais, com o petróleo à cabeça. Tais oscilações, para cima, agravam-se sempre que o euro deprecia face ao dólar. O Governo português pouco pode fazer quanto a esta realidade, apesar de ter na fiscalidade um instrumento muito importante no preço final pago pelos consumidores. Com o OE19 aprovado e não se prevendo diminuições significativas do lado da tributação, reforçamos a convicção na nossa aposta (acertada) quanto à mobilidade a gás natural, vocacionada para o transporte profissional, quer de mercadorias quer de passageiros. É um combustível com uma estrutura de preço mais estável, menos atreito a variações bruscas de preço. Além de mais barato, também polui menos. Vamos continuar a investir na rede de distribuição e na qualidade de serviço ao cliente, trabalhando para afirmar o Gás Natural Veicular como uma alternativa de futuro, mais barata e mais limpa.
André Silva

Vemos com preocupação com o crescimento de grupos extremados na Europa e no Mundo e por não se priorizar o debate nacional e internacional em torno das alterações climáticas. No prisma económico sentimos que existe uma falha estratégica e política em alterar e transformar o tecido social e empresarial apostando fortemente uma real transição energética e numa economia circular. Esta oportunidade falhada ocorre não só em Portugal mas sobretudo na Europa que perde diariamente o comboio da transição energética e económica.
João Moreira Rato

Será que 2019 vai marcar o fim do ciclo de subida de taxas de juro nos Estados Unidos? Até que nível vão subir as taxas nos Estados Unidos? Estas são questões que vão marcar os mercados em 2019. A resposta vai depender da performance da economia Americana e dos dados relativos à inflação nos Estados Unidos. Quanto mais fortes estes forem, mais voláteis estarão os mercados, e maior a correção nos mercados acionistas e de crédito. Se a economia Americana mostrar sinais de forte abrandamento, voltaremos a ter uma maior estabilidade.
Luís Lopes Pereira

Um ano sem liderança clara nos processos de desenvolvimento económico. Há um ego das forças políticas dominantes muito forte que acha que o Estado é capaz de tudo, desprezando a actividade e o investimento privados. Vive-se uma ilusão com a qual não se quer admitir que o Estado não tem capacidade de investir em todas as áreas, como a saúde e a educação. As parcerias com valor adicionado serão muito importantes para acompanharmos os padrões de qualidade de vida que ambicionamos. De fato o Estado deveria respeitar e aliviar quem produz de facto na economia. Há uma cultura anti lucro que está a minar a sociedade portuguesa, acreditando que a receita dos impostos nasce numa árvore que dá frutos várias vezes por ano. É muito importante que a produtividade, o investimento privado e o crescimento económico provindo das empresas privadas entre no discurso das forças políticas dominantes. Esse reconhecimento poderia ser aproveitado para incentivar as políticas sociais das empresas privadas.
Alexandre Lourenço

A sustentabilidade do setor da saúde requer uma reestruturação efetiva do modelo de prestação de cuidados, passando por uma maior articulação com o setor social e desenvolvimento de novos serviços (e.g. cuidados domiciliários, monitorização remota). O baixo investimento público e a limitação da capacidade gestionária das instituições do SNS, e a forte dependência do setor privado do modelo ADSE, limita a capacidade de inovação do setor. Para além das crises regulares e esperadas (e.g. ondas de frio e calor, conflitualidade laboral) não são esperadas alterações à tendência observada em 2018.
Vasco Teixeira

O ano de 2019 apresenta-se como uma incógnita. O setor do livro em Portugal continua a atravessar uma fase dificil, não tendo ainda recuperado das perdas sucessivas que se registam desde o início da presente década. Urge definir uma política de valorização do livro, das livrarias e de promoção da leitura, pois nenhum país se afirma num patamar superior de desenvolvimento sem uma indústria editorial forte e livre, capaz de contribuir para a consolidação de uma sociedade do conhecimento.
Angelo Ramalho

Ano de difícil previsibilidade por fatores geopolíticos e de mercados fianceiros, decorrentes das tensões resultantes da limitação à circulação de bens e pessoas.
Carlos Zorrinho

2019 será um ano de transição marcado pela dinâmica imposta pela evolução da geopolítica global. Se a política proteccionista dos EUA prevalecer e a Administração Trump conseguir impor a sua linha de fragmentação política e comercial, os custos de travagem podem ser pesados para a economia mundial, com particular impacto nas economias mais abertas. Em contrapartida, se os defensores duma globalização integrada e justa conseguirem afirmar uma alternativa geopolítica ao Trumpismo, o ano pode abrir um novo ciclo de expansão impulsionado pela transição energética e pela revolução digital, criando oportunidades em economias abertas e com competências de inovação incremental como é o caso da economia portuguesa.
Carlos Magalhães

Com muito otimismo. Portugal a crescer e a afirmar-se num cenário internacional que pode mudar no final do ano para um cenário de conjuntura económica negativa.
Nuno Galvão Teles

Os últimos anos foram muito positivos – crescimento, desemprego em níveis baixos, recuperação forte em alguns setores. A economia demonstrou resiliência, com lições aprendidas sobre a última década, pelo que 2019 deverá ser um ano de consolidação. As tensões que ensombram a geopolítica mundial e alguns sinais de perigo de pós-crescimento parecem estar mitigados em Portugal, com o próximo ano a ser ainda de prosperidade e investimento. A tecnologia e a inovação deverão continuar a marcar a transformação da economia, criando novas oportunidades para criação de riqueza.
José Miguel Leonardo

As previsões indicam-nos cautela. As últimas notícias do aumento do endividamento e as revisões em baixa devem limitar a euforia. Sabemos que Portugal é muito sensível aos mercados internacionais e por isso, sem cantarmos um triste fado, devemos ser prudentes nos investimentos e no consumo. No mercado de trabalho não é diferente. Após um ano histórico com mínimos de desemprego e em que os candidatos ditaram as regras, é preciso compreender se as empresas vão continuar a guerra do talento e como vamos reagir em termos de salário. Precisamos de aproveitar estar na moda para termos uma proposta de valor para a captação e retenção do talento e, sem esquecer o desenrascanço nacional, planear cada vez mais, porque até o improviso se treina, sempre rumo ao crescimento e ao sucesso.
Carlos Fiolhais

Continuarão a surgir oportunidades da ciência e tecnologia: espero meios computacionais mais potentes (atenção à computação quântica), acesso à genómica mais fácil e barato (a barreira dos 100$ está perto), desenvolvimento maior da inteligência artificial (aparecerão mais carros sem condutor), etc. Perigos continuarão a ser a falhas éticas, ignorância e falta de cultura científica. Na política temo na Europa a divisão e o populismo. Em Portugal espero que saia um governo estável, que, na ciência e tecnologia, assegure uma convergência mais rápida com a Europa.
Franquelim Alves

O próximo ano registará crescente instabilidade geopolitica resultante de novos realinhamentos geoestratégicos. Apesar da robustez económica registada nos vários blocos económicos é de esperar que essa instabilidade induza novos elementos de perturbação a nível econômico e financeiro.
Carlos Nogueira

Com moderado otimismo.
Pedro Rebelo de Sousa

Com ansiedade e um pouco de cepticismo.
Pedro Viegas Galvão

2019 é visto com preocupação pelo CPC , Conselho Português de Carregadores , pelo menos no Setor Maritimo Portuário. Depois de 4 meses de greves a horas suplementares em Lisboa e Figueira da Foz e de 40 dias com o Porto de Setubal bloqueado ,esperamos alguma instabilidade no proximo ano . A existência de eleições legislativas em Outubro será uma das razões dessa instabilidade , que é passivel de aproveitamento partidário. Apesar do fim da greve em Setubal , o acordo assinado não é infelizmente uma garantia de estabilidade . Também em Lisboa Operadores e Sindicato , assinaram o ACT em Junho , mas dias depois um pré aviso de greve foi anunciado .Sendo a eficiencia logistica essencial para o desenvolvimendo da Economia e do País , esta perturbação portuária , a continuar , será uma má noticia para as Empresas e Trabalhadores da Empresas afetados pelo hinterland dos Portos de Lisboa , Setubal e Figueira da Foz. Esperemos que o bom senso e o diálogo prevaleçam , por forma a trazer a estabilidade que a todos beneficia .
Luis Urmal Carrasqueira

Encaro 2019 com otimismo, apesar de uma conjuntura internacional menos estável.
Entendo que as empresas portuguesas, independentemente do seu sector e dimensão, estão realmente interessadas em se transformarem e aproveitarem a dinâmica actual do mercado por via tecnológica . Sendo Portugal um mercado maduro no uso de tecnologia, está numa boa posição para que seu tecido empresarial assente as suas estratégias em ganhar competitividade e valor por esta via.
Para a SAP Portugal, 2019 manter-se-á como um ano de continuidade do nosso investimento no país através da criação de mais emprego e do aprofundamento e estabelecimento novas parcerias com o ensino superior, para o desenvolvimento de competências mais adequadas à actual procura do mercado global.
Margarida Matos Rosa

A atividade da AdC é transversal a toda a economia, sem exceção de setores. Em 2019 a AdC fará incidir a sua ação em casos cujo impacto é maior na sociedade. É dada prioridade ao reforço da deteção e investigação de práticas anticoncorrenciais, nomeadamente cartéis. Devido ao maior risco de deteção pela AdC, incentiva-se assim o cumprimento da Lei da Concorrência e, em simultâneo, o maior recurso ao programa de clemência. Será mantida a iniciativa de Combate ao Conluio na Contratação Pública e serão visadas as barreiras criadas em setores nos quais a inovação mais traz benefícios ao consumidor. A AdC está entre as 20 melhores autoridades de concorrência a nível mundial e a sua atividade deve ser apoiada por meios adequados para que o bom desempenho possa continuar a crescer. A nova diretiva ECN+ virá trazer poderes reforçados à sua atuação.
Manuel Reis Campos

Após um ano de recuperação da atividade das empresas da construção e do imobiliário, 2019 deverá prosseguir uma trajetória de consolidação da economia, para o que é fundamental a retoma do investimento público e a dinamização do investimento privado. Tendo em conta que se trata de um ano marcado, no plano externo, pelas incertezas acerca da conjuntura económica e social e, no plano interno, por eleições europeias e legislativas, é essencial assegurar a confiança de empresários e investidores.
Margarida Almeida

2019 será um ano desafiante, no que diz respeito ao sector de turismo - onde a Amazing desenvolve a sua actividade -.O Brexit e a reabertura dos destinos tradicionalmente concorrentes de Portugal vão colocar à prova a capacidade estratégica de resposta que, entretanto foram, defendidas.
João Rui Ferreira

A Indústria da Cortiça encara o ano de 2019 como o início de um novo ciclo para o sector. Alcançado os mil milhões de euros de exportações em 2018, iniciamos um novo ciclo de ambição determinado por uma estratégia que aposta na valorização das novas soluções de cortiça. Para além das rolhas de cortiça e dos materiais de construção, que ocupam um lugar central na vida do sector, a cortiça é motivo de inspiração em novos usos, que nos surpreendem pela diversidade e originalidade. Desde a moda ao desporto, passando pelos transportes, cosmética e até a indústria farmacêutica, não esquecendo ainda a indústria aeroespacial, são vários os sectores que olham para esta matéria-prima e lhe conferem novas utilizações de valor que chegam aos consumidores, enquanto solução de base natural e amiga do ambiente.
Carlos Silva

É urgente que os resultados económicos e orçamentais se traduzam em políticas com impactos positivos na vida de todos os trabalhadores e cidadãos, garantindo que a riqueza gerada chega a todos, reduzindo a pobreza, as desigualdades e as assimetrias sociais.
2019 tem de ser o ano do aumento generalizado dos salários e das pensões, da redução dos impostos sobre o trabalho e da melhoria das condições de trabalho, com mais diálogo social e mais negociação coletiva.
À luz do que têm sido os processos negociais com o Governo e do que ficou no OE2019, preocupa-nos que 2019 seja um ano de mera continuidade e não de aprofundamento da coesão social e territorial, com políticas com maior sensibilidade social.
Paula Antunes da Costa

A economia Portuguesa deverá continuar a crescer embora a um ritmo mais lento, fruto da desaceleração da despesa pública, procura externa e de um ainda resistente consumo privado. O turismo continuará a ser um importante motor em 2019. A economia irá beneficiar de uma maior eficiência empresarial e transformação digital. No sector financeiro, os meios de pagamento electrónicos deverão reforçar posição pela adesão de tecnologias focadas no utilizador como o Contactless e o Mobile, contribuindo para uma sociedade mais "cashless". A nova directiva de pagamentos DSP2 deverá dinamizar uma economia digital emergente com abertura do mercado a novos serviços e players num cenário que deve assentar na concorrência leal e em alguns casos na cooperação entre bancos e fintechs.
António de Sousa Pereira

Há vários acontecimentos (populismo, nacionalismo, Brexit, crise migratória, guerra comercial, instabilidade financeira, desaceleração dos países emergentes, turbulência no Médio Oriente…) que podem enfraquecer as democracias, debilitar as organizações multilaterais, reduzir o crescimento económico, ferir os direitos humanos e agravar tensões político-sociais. Internamente, tudo aponta para o arrefecimento económico e, por ser ano de eleições, para a radicalização política e agitação social. Esperam-se mais greves, menos consensos e poucas medidas estruturais.
Diogo Xavier da Cunha

Com algum otimismo, especialmente a continuação do crescimento económico em Portugal, ainda que mais moderado, e a retoma de níveis de crescimento e de investimento em mercados importantes, como Angola e Moçambique.
Gonçalo Reis

O setor dos media continuará em forte evolução, fruto das alterações dos hábitos dos consumidores, da fragmentação de mercado e do peso crescente do digital e do não-linear. Neste contexto, só as empresas de media que tiverem um posicionamento claro, uma oferta qualificada e com DNA próprio, e uma estratégia focada na inovação poderão ganhar a batalha do impacto e da relevância.
António Nunes da Silva

Estamos a terminar 2018 com um nível de pessimismo elevado estando o mercado a descontar um ano de 2019 bastante desafiante. Não há dúvida que persistem riscos significativos para a economia global nomeadamente: o desfecho da disputa comercial entre EUA e a China; o acelerar do abrandamento do crescimento económico global, a condução da política monetária e os níveis de endividamento global. Contudo podemos ter a não materialização destas dinâmicas e a existência de catalisadores bastante positivos como o plano de infraestruturas nos EUA, os estímulos fiscais na China, redução de incerteza na Europa ou simplesmente a continuação do bom desempenho do setor corporativo. Nessa medida julgamos que o ano de 2019 poderá surpreender… pela positiva!!
Filipe Garcia

Há vários riscos para o imediato: o Brexit, uma possível recessão global e quedas fortes nos mercados que podem contaminar a confiança e o sistema financeiro. Isto num contexto de lideranças fracas no ocidente, em ano de eleições europeias. Trump terá cada vez mais dificuldades a nível interno e na Europa os políticos não têm apoio popular nem defendem as causas que preocupam as pessoas. Há uma descrença generalizada no Estado, o que poderá resultar em mais instabilidade na Europa.
Francisco Banha

Particularmente expetante, por um lado, com o efeito que a incerteza política em torno do Brexit, dos confrontos com a União Europeia por parte do governo italiano, da pressão à volta da liderança de Ângela Merkel e da perspetiva do conflito comercial, subjacente à estratégia imposta pelo presidente americano, possa ter junto dos investidores e por outro se as economias ocidentais conseguem continuar a encontrar formas mais criativas de efetuar mudanças, beneficiando da rápida inovação e da difusão de novas tecnologias, que permitam manter os níveis de crescimento e de criação de riqueza ocorridos nos últimos anos.
António Monteiro Fernandes

2019 vai ser o ano da agitação social e do assédio aos cofres do Estado. O povo aceitou sofrer quando o convenceram dos seus pecados , mas não aceita o aumento das desigualdades e a contenção de gastos quando lhe dizem que as finanças estão de saúde e a economia prospera. Os milhões que voam por todo o lado – lucros da banca e das grandes empresas, bónus de banqueiros e administradores, mega-investimentos de estrangeiros, negócios de casas e apartamentos – chocam de tal modo com a travagem do salário mínimo em 600 euros que o resultado só pode ser uma grande agitação social.
Oscar Herencia

Em 2019 devemos observar as tendências de mercado e assegurar uma posição competitiva das empresas, assim como a disponibilizar propostas atraentes para os clientes. Tudo porque o cliente atual tem o poder de decisão e baseia as suas escolhas consultando muito mais informação e valorizando o compromisso da empresa com a sociedade, a diversidade e a capacidade de interação que a empresa mostra. E é por isso que a MetLife vai continuar a apostar na inovação digital e a liderar o desenvolvimento da digitalização na área dos seguros, de forma a obter um melhor conhecimento dos clientes para criar produtos que respondam efetivamente às suas necessidades.
Ana Ventura Miranda

Os EUA continuarão a posicionar-se como um enorme desafio para a cooperação internacional. A Europa poderia intensificar o seu posicionamento como líder mundial, no entanto, tem sido um desafio encontrar uma agenda comum para solucionar as questões mundiais prementes. Por causa deste paradigma de interesses nacionais, a UE vai ser novamente desafiada externa e internamente a tomar um papel mais progressivo. Para o Turismo Português foi novamente um ano de sucesso mas continua a ser necessário criar as estruturas certas para manter o crescimento, e deveria tentar posicionar-se como destino cultural turístico. Todos nós, sociedade civil, precisamos compreender o nosso papel e a importância da nossa acção para que a intolerância desapareçam das nossas sociedades. Voltamos a viver em tempos em que diariamente temos de dar o nosso melhor para vivermos em paz.
Stefano Salvatore

O 2019 em parte dependerá dos grandes acontecimentos macroeconómicos e políticos que veremos na Europa e as atuações de outros sócios como os EUA, China e UK. No caso de Portugal, será importante manter o foco na criação de valor e a estabilidade social. Não é possível depender unicamente do Governo para preservar os nossos interesses e futuro; os pequenos, os grandes empresarios, todas as empresas - juntos com os seus funcionários - vão ter que assumir um protagonismo ainda maior para contribuir a um desenvolvimento económico sustentável. Não é só trabalhar mais; é fazer-lo com mais eficiência, melhor qualidade, sendo mais competitivos do que os outros países. Não podemos enganar-mos pensando que a melhoria das pensões, ou do salario mínimo, vai milagrosamente acontecer. Antes é preciso criar riqueza, oportunidades e tudo isto só pode ser realidade com a transformação profunda dos nossos comportamentos, dos processos de negocio, do setor público para eliminar a burocracia e assim facilitar o desenvolvimento. Passa por ter uma verdadeira ambição por querer mudar, todos. Em conclusão, vejo um 2019 cheio de oportunidades e trabalho ainda por fazer!
José R. Pires Manso

Um ano interessante com crescimento económico, com redução do desemprego, aumento de alguns conflitos sociais (Profs, enfermeiros, juízes, etc.) e que abre boas perspectivas para o ano que se avizinha...
Fernando Alexandre

2019 marcará provavelmente o fim de um ciclo de expansão de quase 10 anos da economia americana. Na União Europeia a fase de expansão iniciou-se há cerca de 6 anos na Europa e teve taxas de crescimento mais baixas. Este ciclo de expansão pode ter sido curto para corrigir os desequilíbrios macroeconómicos de economias como a portuguesa. Em ano de eleições o governo e os partidos que o suportam tentarão escamotear riscos e dificuldades, o que poderá fragilizar ainda mais a resiliência da economia.
Isabel Mota

Com prognóstico reservado.
Francisco Febrero

Vai ser um ano com excelentes oportunidades de crescimento para empresas de tecnologia, com pleno emprego para profissionais das áreas tecnológicas. Boas possibilidade de crescimento também pela via do aumento das exportações.
Em Portugal, e sendo um ano de eleições o governo vai exceder-se nas benesses ao sector publico, que certamente vai ter impacto negativo nos anos seguintes.
Instabilidade politica em alguns países da Europa, com conflitos e crises sociais , desemprego a subir, instabilidade financeira dos mercados que irão ter influencia negativa em toda a Europa.
Maria João Ricou

À semelhança do que aconteceu relativamente a 2018, encaro agora o próximo ano com um sentimento de algum optimismo, assente, por um lado, no bom desempenho da economia portuguesa ao longo deste último ano e, por outro lado, na expectativa de que se mantenham as condições necessárias - a nível interno e externo -para dar continuidade a essa evolução positiva. É, no entanto, impossível afastar um concomitante sentimento de apreensão face à actual conjuntura internacional, a qual tem vindo a piorar de forma significativa e evidente no decurso destes últimos meses, fazendo pairar um ambiente de grande incerteza e instabilidade política e económica, a nível global e que envolve múltiplos factores que são susceptíveis de nos afectar de forma negativa.
João Cadete de Matos

Acredito que cabe a cada um de nós contribuir para um País melhor, apesar das incertezas e dos riscos. A Autoridade Nacional de Comunicações prosseguirá a sua ação, baseada numa regulação independente, ativa e exigente, para que todo o País obtenha o máximo benefício em termos de desenvolvimento das comunicações. Continuaremos a conferir prioridade à proteção máxima dos direitos dos utilizadores das comunicações, em todo o território e, em especial, junto das populações mais vulneráveis, dando primazia à informação e transparência e desincentivando e sancionando más práticas.
Jaime Carvalho Esteves

A hora da verdade na Europa: o abandono do quantitative easing, a consequente revalorização dos ativos, a subida das taxas de juro, a maior onerosidade das imensas dívidas públicas, as guerras comerciais e a continuada contração dos mercados europeus, acompanhando as crises das nacionalidades, das migrações, das dívidas e das gerações, trarão um ano difícil à Europa. As guerras comerciais e financeiras pela supremacia nas cadeias de valor continuarão a estimular políticas fiscais aparentemente transparentes e cooperantes, mas na realidade seletivas e concorrenciais: continuará assim a prevalecer a concorrência fiscal internacional, ainda que prejudicial. Em 2019 o foco estará na economia digital e no aumento do número e relevância das zonas econômicas especiais. Acentuar-se-á ainda a tendência para a tributação no local de consumo. O avanço da troca de informações, da digitização e da inteligência artificial aumentará a quantidade e qualidade da informação disponível e, por isso, fomentará a controvérsia fiscal e testará os limites da reserva de privacidade. Do lado da prioridade máxima da nossa política económica, captação de investimento estrangeiro, não se aguardam mais do que meros "serviços mínimos": manutenção, sem estragar, dos regimes do centro internacional de negócios da Madeira, de visa gold, de residentes não habituais e de apoio ao investimento e ao empreendedorismo (agora sem estímulo ao emprego), tudo com manutenção da taxa nominal de IRC (que pode exceder incríveis 30%). Em caso de possível aperto orçamental, o trabalho de casa por fazer (redução estrutural da despesa pública), obrigará a recorrer a aumentos já familiares: tributações autónomas, contribuições sectoriais, taxas e, no limite, do IVA. Em casos extremos, não se exclui ainda o recurso à tributação do património.
Luís Cortes Martins

Todos os sinais parecem apontar para um cenário muito desafiante em 2019, quer a nivel nacional quer internacional. A um já sentido abradamento económico somar-se-ão incertezas resultantes das guerras comerciais de Trump, o incerto desfecho do Brexit, a deriva politica italiana, a instabilidade crescente em Espanha. Em Portugal, além de ser um ano duplamente eleitoral (só por si gerador de alguma instabilidade) podemos começar a sentir a pressão da subida das taxas de juros. Veremos se o mercado do imobiliário mantém a mesma dinâmica e como se comporta o turismo, agora com factores acrescidos de concorrência. Mas começar um ano é sempre um desafio fantástico. Há sempre coisas novas a acontecer e na advocacia cada ano é sempre diferente. Espero por isso que 2019 seja um bom ano e que a economia portuguesa continue a mostrar bons sinais e resiliência. E que saibamos atrair o investimento estrangeiro estruturante de que necessitamos tanto.
João Vieira Lopes

Em 2019 devem confirmar-se que os principais indicadores macroeconómicos terão recuperado das quebras verificadas na fase recessiva da crise que vivemos recentemente. Apenas com uma relevante excepção que é, precisamente, a da variável que não depende directamente da evolução da procura, ou seja, o investimento. Um modelo de crescimento com subinvestimento crónico é um modelo sem futuro e cujos limites são fáceis de prever. Ora, quando olhamos para os números do investimento que constam do Relatório do O.E. para 2019 vemos que em valores nominais o investimento público no final de 2019 estará 34% abaixo do valor de 2010 e o investimento total na economia será, ainda, em 2019, 17% inferior ao valor registado antes do início da crise. Estes são valores preocupantes. Em termos dos sectores do comércio e serviços esperamos que haja crescimento embora em ritmos inferiores aos de 2018.
António Vieira Monteiro

2019 será um ano de concretizações e desafios. Em Portugal, o Governo estará focado na obtenção de um saldo orçamental equilibrado, e na redução da dívida pública (em rácio do PIB). No entanto, o ciclo económico deverá atingir a maturidade, com o crescimento do PIB a desacelerar para ritmos em linha com o potencial, em simultâneo com o processo de normalização da política monetária, na Europa, exigindo uma postura mais conservadora por parte dos agentes económicos, por forma a assegurar a sustentabilidade do crescimento. O sector financeiro está já numa nova fase, com a maioria dos grupos a reforçarem as suas posições de capital, após a reorganização das diversas áreas de negócio. Para o Santander, em Portugal, 2019 será um ano desafiante, que arranca com uma nova equipa executiva, mas com os olhos postos no crescimento do negócio e na evolução positiva dos resultados. Uma aposta clara nas novas tecnologias e a manutenção do foco no cliente vão contribuir para uma evolução positiva da atividade.
Rafael Campos Pereira

O ano de 2018 será marcado em termos mundiais pelo crescimento da instabilidade e da desinformação. A evolução das economias será desordenada e é provável que a falta de resposta às expectativas cada vez mais exigentes das populações venha a gerar problemas sociais graves em diferentes pontos do globo. Portugal, com uma economia frágil e uma situação política e social que irá agravar-se de forma evidente, poderá ficar mais vulnerável aos efeitos das convulsões globais, tanto em termos económicos como em termos sociais.
Licínio Pina

O ano 2019 irá ser um ano de desafios. As eleições Europeia e as questões relacionadas com as posições assumidas pelo presidente dos Estados Unidos sem que do lado da Europa haja uma posição de contraponto de modo a que a Europa seja um bloco uno e actuante a nível mundial em questões económicos e de segurança ditam sempre agitação e instabilidade social alavancada com os refugiados e soluções para o emigrantes africanos e do medio oriente que pretende instalar-se em Paises do Norte da Europa. A pouca preservação da vida humana e das suas condições de vida em muitas geografias são um potencial foco de instabilidade alimentando idiais radicais e perigos lider sejam eles com ideias de esquerda ou de direita.
Pedro Fraga

Muitos desafios, riscos e oportunidades. - crescimento do neo-fascismo em países como a Hungria, Roménia, Itália e até no Norte da Europa, com o beneplácito de uma franja importante da comunicação social europeia; - impeachment nos EUA com todos os benefícios que daí possam advir, em termos de estabilidade mundial; - instabilidade dos mercados enquanto a instabilidade politica e a deriva ultra liberal continuar em quase metade do globo; - erosão politica do PSD com risco de uma hecatombe nas eleições; - possibilidade do PS atingir a maioria absoluta e, provavelmente, o poder absoluto, com todos os riscos que isso acarreta (e já acarretou no passado).
Arlindo Costa Leite

Existe um ambiente de incerteza, potenciado por acontecimentos relevantes que marcarão o cenário macroeconómico: desde a guerra comercial entre os EUA e a China, até à composição do parlamento Português após as legislativas de 2019. Os efeitos do Brexit podem, até segundo o Banco de Inglaterra, ter efeitos muito nefastos na economia britânica que seguramente se transmitirão aos seus parceiros comerciais.
Manuela Arcanjo

Um ano de maior instabilidade politica no quadro da União Europeia, sem sinal que se possa avançar, de facto, para uma maior consolidação da união económica- monetária e coesão social. Poderá haver uma deterioração do desempenho macroeconómico e maior instabilidade social, para além de não serem antecipáveis os impactos negativos do Brexit. Para além da influência negativa destes factores ao nivel da economia portuguesa, 2019 será marcado excessivamente pelo discurso politico eleitoral, continuidade da contestação social e eventual deterioraçâo do desempenho orçamental-financeiro.
João Afonso Fialho

À velocidade vertiginosa a que nos movemos, o mundo em geral e a Europa em particular, não terão tempo para digerir os sucessos que possam alcançar, quer a nível de crescimento económico, que em termos de avanços sociais. Com tecno-sociedades altamente fragmentadas (geradoras de movimentos inorgânicos, sem aparente liderança e dificilmente responsabilizáveis) e na ausência de lideranças políticas com um pensamento estratégico bem definido, irá competir ao sector empresarial privado ter a coragem necessária para navegar estas águas tumultuosas com serenidade e fazer a roda continuar a girar. A troca da ideologia pelo pragmatismo a que temos assistido em muitos Estados com posições de liderança no mundo, tem agravado as incertezas e atirado para as margens do poder político grupos de cidadãos que poderiam verdadeiramente fazer a diferença pela positiva. Todo este panorama é gerador de medo, o qual, por sua vez, cria a necessidade da procura de segurança, tornando as sociedades modernas permeáveis ao abandono de valores tão importantes quanto o da liberdade e alvos fáceis de ideais aparentemente pacificadores e confortantes de pendor autoritário. Gostaria muito de prognosticar um 2019 em que o mundo saísse da letargia em que se deixou enlevar, mas creio que será antes um ano de aprofundamento da crise de valores democráticos e aumento da instabilidade social. Façamos votos para que sirva, pelo menos, para que as consciências sãs ainda existentes – e são muitas – se reorganizem e reassumam o papel do qual nunca se deveriam ter demitido: liderar.
Paulo Vaz

O ano de 2019 vai ser um ano particularmente desafiante, pois pode ser o primeiro de viragem de ciclo, antecipando um outro de retração da procura. Acrescente-se a isso a instabilidade política e social crescente na Europa e em Portugal, a emergência do populismo e do extremismo, com alguns dos seus líderes a chegar ao poder e temos os ingredientes certos para uma tempestade perfeita, ainda para mais num paradigma novo, em terreno desconhecido, onde tudo pode suceder. A conjuntura incerta nos principais mercados de exportação é uma péssima notícia para Portugal, e em especial para a indústria têxtil e da moda, que vai ter de se aplicar especialmente na conquista de novos mercados, obrigando-a a reforçar a sua presença em feiras internacionais e a desenvolver produtos e serviços cada vez mais diferenciados pelo valor para permanecer competitiva. Nada disto é novo, mas vai a obrigar mudanças estratégicas importantes nas organizações para enfrentar este exigente desafio.
Victor Marinheiro

O ano de 2019 vai ser um ano de muita tensão e instabilidade politica na europa. O fundamental para 2019 é que não estale nenhuma crise sobre tudo com reflexos no setor financeiro, área mais débil da economia, pois ainda não recuperou do descontrolo e abusos dos anos passados.
Maria Cristina Portugal

«O atual desafio do setor energético passa por garantir o equilíbrio da equação composta pela descarbonização, digitalização, descentralização e evolução tecnológica, sem comprometer a segurança do abastecimento energético e a sustentabilidade económica e social. A nível europeu, as grandes linhas de atuação encontram-se traçadas e obrigarão à preparação de novas regras. Perante estes desafios, a ERSE continuará a garantir de forma rigorosa o desenvolvimento eficiente das atividades reguladas e a assegurar a supervisão do sector com o objetivo da salvaguarda dos interesses dos consumidores de energia, procurando reforçar a sua informação e conhecimento».
Miguel Frasquilho

Presidente do conselho de administração da TAP
Aos desafios que é possível conjeturar todos os anos, em 2019 junta-se uma caraterística em geral indesejada: instabilidade. Porquê? Vejamos: os movimentos de caráter populista reforçam o seu peso no poder (Brasil depois de Itália e EUA, para só citar alguns casos); a guerra comercial entre EUA e China segue o seu caminho; os mercados financeiros estão voláteis e nervosos; a União Europeia será marcada pelo Brexit (acontecerá mesmo?... ainda tenho esperança que não – seria melhor para todos... ), pela sucessão de Angela Merkel, pela perda de margem de manobra de Macron (depois da – surpreendente – cedência aos "coletes amarelos") e por mais um avanço no populismo (agora em Espanha, na Andaluzia)... tudo a fragilizar a economia global, que deverá registar um abrandamento face aos últimos anos, com China e EUA a liderarem esse arrefecimento.
Naturalmente, como pequena economia aberta que é, Portugal deverá ser afetado por este clima instável. Mas isso não nos deve desviar de continuar a consolidar a imagem positiva que desde 2012 temos progressivamente vindo a mostrar ao Exterior: já deixámos de ser "lixo" para as agências de rating; as contas públicas poderão estar a caminho de um até-há-uns-anos-impensável excedente orçamental – em 2019 ou ainda mesmo em 2018?); a dívida pública deverá manter a trajetória descendente; e Portugal deverá continuar a beneficiar de estar, sem dúvida, no radar global, quer de investidores, quer de turistas e visitantes – importa potenciar e aproveitar o facto de o País ter sido, recente e justamente, considerado, pelo segundo ano consecutivo, o melhor destino turístico do mundo, e de a Web Summit ir ficar por cá pelo menos por mais 10 anos. Mas, para melhor enfrentarmos os tempos externos instáveis, é fundamental mantermo-nos atentos às tendências globais para não perdermos – ou melhor, para reforçarmos a nossa – competitividade.
Tudo somado, devemos preparar-nos para uma maior instabilidade em 2019. Com toda a incerteza que ela sempre transporta consigo.
Alexandre Fonseca

Presidente executivo da Altice Portugal
2019 vai ser um ano de Oportunidades, decisivo para o fortalecimento da estratégia da Altice Portugal traçada há 1 ano: Investimento, Inovação e Proximidade. Investimento na expansão das Redes, Inovação em novos Produtos e Serviços, Proximidade com a descentralização da Gestão e da Altice Labs e o reforço de parcerias com o território nacional. Empreendedorismo, competência, inovação, capacidade de investimento e ecossistema de parcerias forte são os nossos principais ativos para nos afirmarmos como líder e o parceiro de referência da transformação digital das empresas e famílias portuguesas.
Tal como tem acontecido nos anos anteriores, o Negócios perspetivou no arranque do ano o que poderá vir a ser 2019.
Num inquérito realizado a 126 líderes nacionais, questionou-os sobre as perspetivas económicas, os riscos e as eleições.
As respostas resultaram em preocupações com a instabilidade social.
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