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Funcionários da MAC proibidos de falar com a imprensa pela administração regional

Visita de António Costa à Maternidade Alfredo da Costa, de Lisboa, foi cancelada por ordens da ARS, avançam funcionários do hospital. Nessas ordens, está também incluída a proibição de falarem com a comunicação social.

12 de Abril de 2012 às 17:11

Teresinha Simões, médica na maternidade da capital, indicou ao Negócios que os funcionários foram informados pelo gabinete de imagem do hospital e pelo antigo director clínico da maternidade de que todos estão proibidos de falar com meios de comunicação social. As consequências caso quebrem essa "ordem" vinda da ARS passariam por um processo disciplinar, conta a médica.

Questionada pelo Negócios se não temia consequências por se identificar, Teresinha Simões disse ter "esperanças" de que não houvesse problemas por relatar factos num País livre como Portugal.

O Negócios falou também com outra funcionária, que pediu para manter o anonimato mas que confirmou a existência de directivas para que não haja qualquer comunicação à imprensa. A RTP também já tinha avançado a notícia desta proibição.

Este facto acontece no dia em que uma visita de António Costa à Maternidade Alfredo da Costa foi cancelada pela própria ARS, segundo avançou Teresinha Simões, confirmando, igualmente, a notícia da RTP.

"Houve um mal entendido mas já está esclarecido", respondeu Luísa Botinas, porta-voz de António Costa, quando questionada pelo Negócios sobre o cancelamento da visita do presidente da Câmara de Lisboa à maternidade. O Negócios perguntou o que queria isto dizer, mas a frase voltou a ser repetida, sem mais esclarecimentos.

Em comunicado distribuído pelas 17h30 às redacções, a edibilidade desmente que tenha sido impedido de visitar a maternidade. “Nada houve mais do que um equívoco, já esclarecido”, volta a dizer o município. Contudo, sem avançar que equívoco e que esclarecimento foram cometidos.

“O próprio Sr. Ministro da Saúde teve a gentileza de telefonar e reafirmar que o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa tem o direito de visitar qualquer estabelecimento, sempre que o deseje”, afirma o comunicado do departamento de Marca e Comunicação da Câmara Municipal de Lisboa.

António Costa reuniu-se, segundo esse comunicado, com o ex-director da maternidade, Jorge Branco, e com o ex-director clínico do estabelecimento, Abílio Lacerda, avança esse mesmo documento.

ARS e Centro Hospitalar vão divulgar comunicados

Por que não se realizou, então, a visita de António Costa à maternidade? A maternidade Alfredo da Costa remete declarações para o Centro Hospitalar Lisboa Central, onde está inserida. O Centro Hospitalar vai divulgar um comunicado ainda esta tarde.

Por parte da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS), a reacção oficial também será dada através de um comunicado, ainda não divulgado.

O gabinete do Ministério da Saúde nega que tenha havido qualquer intervenção da tutela de Paulo Macedo numa eventual proibição da ARS relativamente à visita de António Costa à maternidade lisboeta, remetendo quaisquer esclarecimentos para a ARS.

A Maternidade Alfredo da Costa tem estado sobre polémica depois de o Ministério da Saúde ter garantido o seu fecho até 2015.

(Notícia actualizada às 17h48 com o comunicado da CML)

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