pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Greve na Menzies causa atrasos e 20 voos cancelados em Lisboa

A ANA - Aeroportos adianta que a greve dos trabalhadores da Menzies já provocou este sábado alguns atrasos e cancelamentos no aeroporto de Lisboa.

Os trabalhadores da Menzies estão em greve este sábado.
Os trabalhadores da Menzies estão em greve este sábado. Miguel Baltazar
26 de Julho de 2025 às 13:06

A greve deste sábado dos trabalhadores da SPdH/Menzies (antiga Groundforce) provocou até agora "alguns atrasos" e o cancelamento de 20 voos no aeroporto de Lisboa, avançou à agência Lusa a ANA - Aeroportos de Portugal.

"Devido à greve na Menzies ('handling'), até ao momento, ocorreram alguns atrasos e 20 voos cancelados (10 chegadas e 10 partidas) no Aeroporto Humberto Delgado", referiu fonte da gestora aeroportuária.

A ANA aconselha os passageiros com voos operados pela Menzies, empresa responsável pelos serviços de assistência em escala, a contactar previamente a respetiva companhia aérea para confirmar o estado do voo antes de se dirigirem ao aeroporto.

Num comunicado entretanto divulgado, pelas 13:15, a Menzies Aviation referiu que até então "a greve provocou apenas perturbações mínimas em Lisboa, sem impacto nas restantes escalas".

"Continuamos a trabalhar em estreita colaboração com os nossos parceiros para garantir a continuidade dos serviços e minimizar qualquer impacto nos passageiros", acrescentou.

Para a empresa, a greve em curso "decorre de uma representação distorcida das práticas e condições reais da empresa", já que "a Menzies continua a cumprir integralmente os compromissos assumidos, bem como o Acordo de Empresa assinado há apenas um ano", que "a organização sindical envolvida optou, lamentavelmente, por não respeitar".

No comunicado, a empresa de 'handling' manifestou também "preocupação com a insuficiência dos serviços mínimos fixados pelo Conselho Económico e Social (CES)", considerando que "comprometem a mobilidade durante um período crítico para o turismo e para o regresso dos emigrantes - ambos essenciais para a economia e para a reputação do país".

"Apoiamos, por isso, a iniciativa de reforçar os serviços mínimos, de forma a assegurar a continuidade dos serviços públicos vitais", sustentou.

O Tribunal Arbitral determinou serviços mínimos para a assistência a todos os voos relacionados com situações críticas de segurança, voos de emergência, militares, de Estado e voos da TAP em 'night-stop' em escala europeia, bem como ligações regulares entre Lisboa e os Açores e Madeira, e entre o Porto e os arquipélagos.

Reiterando o "compromisso com a legalidade, condições de trabalho justas e um diálogo aberto e respeitador", a Menzies garantiu, contudo, que não vai retomar "qualquer tipo de diálogo enquanto a greve se mantiver".

Convocada pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e pelo Sindicato dos Transportes (ST), o protesto iniciou-se às 00:00 de sexta-feira e prolonga-se até às 24:00 de segunda-feira.

A meio da manhã, o dirigente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) Carlos Araújo destacou que a greve mobilizou este sábado, "pela primeira vez em pelo menos 10 anos", funcionários do aeroporto do Porto.

"Na escala do Porto, há 10 anos que não havia greves e há pessoas a fazer greve", enfatizou.

Carlos Araújo antecipou também que sejam ainda mais os voos a partir apenas com passageiros, sem bagagem nem carga, depois dos 25 em que tal aconteceu até às 18:00 de sexta-feira.

Em comunicado, o sindicato acusou ainda a SPdH/Menzies de estar "a violar flagrantemente o direito à greve" para tentar "neutralizar os efeitos da paralisação", recorrendo a "práticas ilegais" como a "antecipação forçada de turnos e convocação de trabalhadores em dias de folga", a "substituição de grevistas por trabalhadores de empresas de trabalho temporário" e a "reorganização abusiva de escalas".

"O SIMA está a recolher provas destas ilegalidades e vai apresentar queixas formais à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e ao Ministério Público, exigindo a responsabilização dos dirigentes da Menzies/SPdH", refere.

Convocada pelo SIMA e pelo Sindicato dos Transportes (ST), o protesto iniciou-se às 00:00 de sexta-feira e prolonga-se até às 24:00 de segunda-feira.

Trata-se da primeira de cinco greves de quatro dias marcadas para os fins de semana até ao início de setembro.

Os períodos de greve estão agendados para 8 a 11, 15 a 18, 22 a 25 e 29 de agosto a 1 de setembro.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão o fim de salários base abaixo do salário mínimo nacional, o pagamento das horas noturnas, melhores condições salariais e a manutenção do acesso ao parque de estacionamento nos mesmos moldes anteriores.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio