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Metro do Porto abre último túnel da Linha Rosa. Deve estar operacional em seis meses

"Diria que no primeiro trimestre de 2026 nós teremos condições para arrancar com a operação comercial", referiu aos jornalistas o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga.

Metro do Porto abre túnel da Linha Rosa entre Casa da Música e Galiza
Metro do Porto abre túnel da Linha Rosa entre Casa da Música e Galiza Estela Silva Lusa/EPA
05 de Agosto de 2025 às 22:35

A Metro do Porto abriu esta terça-feira o último túnel da empreitada da Linha Rosa, no caso entre Casa da Música e Galiza, e espera abrir a infraestrutura em seis meses, com atraso face à última data aventada.

"Nós sempre, com o empreiteiro, definimos que após este momento teríamos cerca de seis meses para concluir a obra, e quando se fala em concluir a obra é colocar a obra em condições de começar a fazer a exploração comercial. Eu diria que no primeiro trimestre de 2026 nós teremos condições para arrancar com a operação comercial", disse hoje aos jornalistas o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga.

O responsável falava no estaleiro da nova estação da Casa da Música, que albergará tanto a Linha Rosa (São Bento - Casa da Música) como a da Linha Rubi (Santo Ovídio - Casa da Música), após o varamento (conclusão da escavação) do túnel entre a Casa da Música e a estação Galiza.

Tiago Braga foi questionado acerca do atraso da empreitada, cujo fim, no ano passado, chegou a estar previsto para julho deste ano, tendo depois também sido apontado para o final de 2025, mas frisou preferir ver "o copo meio cheio" ao invés de valorizar o atraso.

O responsável atribuiu o atraso e as dificuldades na escavação do último túnel da Linha Rosa às "características geológicas e à geotecnia do terreno", um fator que reconheceu nem sempre ter sido bem compreendido por serem "questões técnicas".

"Muitas vezes nós próprios tivemos alguma dificuldade em compreender como é que, depois de um projeto, como é que os edifícios e todo o contexto se comportava. E se nós próprios muitas vezes tivemos de fazer esta reflexão, seguramente as pessoas também têm dificuldade em entender isso", afirmou.

Porém, Tiago Braga garantiu que "foi feito tudo, tudo, mesmo tudo o possível para que a obra se realizasse nas melhores circunstâncias possíveis, no prazo, mas fundamentalmente do ponto de vista da segurança, que foi uma 'linha vermelha'", vincou, congratulando-se pela ausência de acidentes graves.

"A obra teve de ter este andamento porque as condições técnicas exigiram que tivesse este andamento. Não há ninguém tão interessado em acabar a obra mais rapidamente que o próprio Conselho de Administração da Metro do Porto", frisou.

Para Tiago Braga, a abertura de um túnel "é o marco mais relevante de qualquer obra geotécnica", parte de uma obra de cerca de 3,5 quilómetros "100% subterrânea".

"A partir de agora, a obra - não é que seja mais simples - é mais controlável, com menos riscos do ponto de vista do que são os impactos sobre o processo construtivo", anteviu.

Também presente na ocasião esteve a secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, que salientou que só haverá "mudança de cultura" e passagem "do transporte individual para o transporte coletivo se houver uma mais-valia, nomeadamente no tempo de viagem".

"Simultaneamente, estamos a trabalhar para as metas de descarbonização tão importantes que temos para cumprir. Como sabem, até 2030, 29% das nossa energia usada nos transportes tem de ser energia renovável, por um lado, e temos as metas de CO2 [dióxido de carbono] também para dar cumprimento, as quais, se não cumprirmos, vamos ser penalizados", frisou.

Já sobre a indicação, pelo Governo, de Emídio Gomes como novo presidente da Metro do Porto, disse que "não há uma data ainda" para a sua entrada em funções, mas "o processo está a decorrer com naturalidade e vai demorar o tempo que for necessário", após já ter sido obtida a aprovação da Área Metropolitana do Porto (AMP).

Quanto à administração cessante, Cristina Pinto Dias expressou "um reconhecimento absoluto" à equipa liderada por Tiago Braga, também composta por Lúcia Leão Lourenço e Pedro Azeredo Lopes.

Com um custo que ascende aos 304,7 milhões de euros, a linha Rosa terá ligação às atuais estações de metro Casa da Música e São Bento, e terá estações intermédias no Hospital de Santo António e Praça da Galiza.

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