PME Crescimento empresta 138 milhões de euros às empresas em 15 dias
O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, anunciou hoje no Parlamento que a linha PME Crescimento, lançada a 16 de Janeiro, já concedeu às empresas empréstimos de 309 milhões de euros, num total de 3.110 operações, a um ritmo que o governante salientou "nunca visto neste tipo de linhas".
Há duas semanas, os patrões ouvidos pelo Negócios queixaram-se de que a propagada liquidez que estas linhas trazem às empresas não estão a "chegar à economia real" e que a banca usa estes veículos para "reestruturar dívida".
Na altura, confrontado com os dados apresentados pelo Ministério da Economia, o director-geral da associação de têxtil e vestuário(ATP), PauloVaz, respondeu que "o contacto com as empresas não dá um ‘feedback’ tão positivo”. “O que nos dizem é que estas linhas são destinadas a quem não precisa, e não a quem necessita delas para poder cumprir as suas obrigações. Esse dinheiro não chega à economia. Já não digo sequer para as empresas poderem exportar, mas para fazerem face aos seus problemas de tesouraria e mantê-las a funcionar”, enfatizou.
Também Reis Campos, líder da associação de empresários de construção (AICCOPN), garantiu nessa altura que este financiamento não desagua na “economia real”.“Um dos problemas mais graves é garantir que a banca não direccione estes recursos para a substituição de créditos anteriores”, sublinha o representante das construtoras.
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