"Problemas estruturais" levam Dexia a perder mais de 32%
As acções do Dexia estão novamente em forte queda na bolsa de Bruxelas. A administração do banco franco-belga exigiu ao presidente executivo que "prepare as medidas necessárias para resolver os problemas estruturais" da instituição.
O comunicado da administração, que ontem à noite reuniu de emergência, está a penalizar fortemente os títulos do Dexia. As acções abriram a cair 7,31% mas, entretanto, já estiveram a cair um máximo de 37,69%. Os títulos seguem agora a desvalorizar 32,31% para negociar nos 88 cêntimos por acção.
Esta é a segunda sessão consecutiva de forte queda. Já ontem os títulos perderam um máximo de 14,31%.
Os sinais de alarme soaram após a agência de notação financeira Moody’s ter colocado o Dexia sob revisão, admitindo a possibilidade de um corte de "rating". A agência alerta que "o financiamento de curto prazo, do qual a instituição depende, pode terminar".
"Há muitas razões para estar preocupado com o Dexia", escreve o "Financial Times" na sua edição de hoje. "O grupo continua numa delicada fase de transição após o resgate público de 6,4 mil milhões de euros em 2008", sublinha o jornal britânico.
"Apesar de tudo o que tem sido feito para aumentar o capital e reduzir o risco, é perturbador ver que o Dexia continua demasiado exposto a dívida soberana periférica, quando comparado com os pares de maior dimensão. Não admira que os mercados estejam relutantes em emprestar", escreve ainda o "Financial Times".
A Bloomberg noticia que a reunião de emergência do conselho de administração serviu para debater uma possível divisão do banco e a constituição de um "bad bank" para reunir os seus activos tóxicos.
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