Sonaecom vê lucro cair 26,3% para 45,5 milhões até setembro
A Sonaecom apresentou uma quebra nos lucros entre janeiro e setembro, mas surpreendeu ao apresentar um salto de 93,5% no lucro do terceiro trimestre. Nos teve um contributo positivo de 63,3 milhões de euros nas contas.
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A Sonaecom viu o seu resultado líquido recuar para 45,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, significando uma quebra de 26,3% face aos 61,7 milhões apresentados no mesmo período de 2024, informou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A salvar o lucro acumulado esteve o terceiro trimestre, que apresentou um salto positivo de 93,5% para 24,1 milhões de euros, em relação aos 12,5 milhões apresentados no trimestre homólogo.
O volume de negócios caiu 4,9% até setembro, para 12,6 milhões de euros. Em termos trimestrais, a queda foi superior, com a Sonaecom a apresentar um volume de negócios de 3,6 milhões entre julho e setembro de 2025, evidenciando uma quebra de 11,3%.
Já o EBITDA sofreu uma descida de 9,6% para 55,7 milhões de euros até setembro deste ano. Contudo, no terceiro trimestre observou-se um aumento homólogo de 49,9%, passando de um EBITDA de 14,3 milhões no terceiro trimestre de 2024 para 21,4 milhões de euros em 2025.
O negócio da Nos revelou um contributo de 23,3 milhões de euros no trimestre e de 63,3 milhões até setembro. "A contribuição das empresas consolidadas pelo método de equivalência patrimonial aumentou de 17,5 milhões de euros para 23,3 milhões no terceiro trimestre de 2025, devido ao melhor resultado da Nos. No entanto, nos nove meses de 2025, essa contribuição diminuiu de 70,2 milhões para 63,3 milhões, refletindo a ausência de ganhos extraordinários tal como os registados no resultado da Nos nos nove meses de 2024, nomeadamente, a mais-valia resultante da venda à Cellnex de um portefólio de torres e os ganhos decorrentes de decisões judiciais favoráveis", lê-se na comunicação à CMVM.
A empresa informa que o resultado direto observou uma perda de 8% até setembro, passando de 66,8 milhões de euros para 61,5 milhões. Ainda assim, a tendência trimestral foi inversa, assistindo-se a um acréscimo de 52,7% para 24,2 milhões de euros. Já o resultado indireto foi negativo em 15,5% entre janeiro e setembro, "maioritariamente justificado pelos impactos negativos da evolução das taxas de câmbio no portefólio da Bright Pixel".
Neste período acumulado, o braço de investimento da Sonae adicionou cinco novas empresas ao seu portefólio, enquanto mantinha "um ritmo sólido de reciclagem de capital, enquanto geria o seu portefólio de mais de 55 empresas em todo o mundo nos segmentos de cibersegurança, tecnologias de retalho, infraestruturas digitais e 'business applications'". O valor do portefólio da Bright Pixel ascendia, em setembro, a 341 milhões de euros, enquanto o capital investido chegava aos 240 milhões.
A empresa não indica valores para o setor dos media, onde detém o jornal Público. Ainda assim, a Sonaecom nota que o "crescimento das receitas de subscrição [no terceiro trimestre de 2025] foi totalmente compensado pela redução das receitas de publicidade, resultando num nível de receitas ligeiramente inferior ao do terceiro trimestre de 2024 mas com um nível de rentabilidade estável". Nos primeiros nove meses do ano, a tendência foi semelhante.
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