Administração Trump quer rever licença de projeto eólico da EDPR nos EUA

O projeto SouthCoast Wind, uma parceria entre a empresa portuguesa e a Engie na costa Leste dos EUA, que já foi adiado, poderá estar definitivamente em causa.
Miguel Stilwell, CEO da EDP
Miguel Baltazar
Pedro Barros Costa 03 de Setembro de 2025 às 22:16

A Administração Trump está a reconsiderar a licença emitida para um grande parque eólico offshore ao largo do Massachusetts, detido pela Ocean Winds – uma joint venture entre a EDP Renováveis e a Engie, avançou a Bloomberg esta quarta-feira.

Em mais uma investida da Administração dos EUA contra os projetos eólicos junto à costa norte-americana, o Departamento do Interior pretende rever a aprovação do projeto concedida nos últimos dias do mandato de Joe Biden, de acordo com um pedido do Departamento de Justiça.   

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O DOJ pediu a um tribunal federal para suspender a contestação ao projeto SouthCoast Wind pela cidade de Nantucket, de forma a que o processo seja remetido para o Departamento do Interior e seja tomada uma decisão este mês.   

A iniciativa surge depois de uma série de ações pela Administração Trump contra os projetos eólicos, tendo ordenado a paragem da construção de um parque eólico praticamente concluído em Rhode Island e procurado revogar a licença de um outro projeto no Maryland – além de ter cancelado cerca de 680 milhões de dólares de apoio ao setor eólico.       

O projeto SouthCoast Wind é detido pela Ocean Winds North America LLC, uma parceria entre a EDP Renováveis e a Engie. Em fevereiro, , com o CEO Miguel Stilwell a assumir um atraso de quatro anos no Southcoast Wind, que deveria instalar 2,4 GW eólicas no mar ao largo da costa do Massachusetts. A construção tinha início previsto para este ano, para estar operacional em 2030.

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A instabilidade do setor eólico nos EUA tem prejudicado a EDPR. A empresa revelou no início do ano que, ao nível da Ocean Winds, foi tomada a "decisão preventiva de registar uma imparidade de 133 milhões no negócio offshore nos EUA devido à incerteza atual em torno dos projetos offshore" no país.

A OceanWinds não respondeu a um pedido de comentário da Bloomberg.

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