Galp quer parceiro "experiente" que dê prioridade ao petróleo da Namíbia

No país africano, a petrolífera completou entre abril e junho os trabalhos de perfuração do quinto poço no complexo de Mopane.
A petrolífera já recebeu várias ofertas não vinculativas na Namíbia.
Manuel de Almeida/Lusa
Bárbara Silva 21 de Julho de 2025 às 15:48

No segundo trimestre de 2025, que a Galp classifica como "forte" dado o (de 192 milhões em 2024 para 373 milhões em 2025), a petrolífera portuguesa andou atarefada na Namíbia. No país africano, a empresa completou entre abril e junho os trabalhos de perfuração do quinto poço no complexo de Mopane.

Além dos trabalhos no terreno, "assegurar uma parceria forte continua a ser uma prioridade e é o próximo passo natural", disse Maria João Carioca, co-CEO e CFO no vídeo de apresentação dos resultados. "Os nossos objetivos continuam a ser claros: estabelecer uma parceria com um operador experiente e assegurar que essa parceria é construída com base em fundamentos sólidos. Partilhámos dados durante a maior parte do segundo trimestre com uma lista selecionada de potenciais parceiros e recolhemos ofertas não vinculativas de operadores altamente credíveis. O nosso foco centrar-se-á agora na análise de ofertas", sublinhou a responsável, mostrando-se confiante numa "parceria até ao final do ano". 

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"Gostamos do risco e da qualidade deste projeto, queremos mantê-lo no nosso portefólio, mas ter uma parceria é crítico para avançar e para ter condições de o desenvolver ao ritmo certo", acrescentou.

A expectativa passa agora por encontrar um parceiro com uma "experiência forte em termos de operacionais, por se tratar de uma bacia jovem, com água profundas, pressões fortes", daí ser necessário alguém que saiba lidar com isso, e que tenha uma perspetiva sobre como desenvolver o ativo e com quem possamos ter um diálogo que nos leve com confiança a um alinhamento a 100% sobre quando e como avançar".

Acima de tudo, a petrolífera quer um parceiro que, tal como a Galp, ponha a Namíbia no topo das suas prioridades. A responsável explicou, no entanto, que o plano e o conceito de desenvolvimento do projeto de Mopane ainda não está definido, apesar de existir uma "visão que será partilhada e construída em conjunto com o futuro parceiro". 

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Já na conversa com os analistas, a responsável repetiu a mesma mensagem. "O desenvolvimento do projeto da Namíbia está de acordo com o plano. Em junho e julho recebemos ofertas não vinculativas de players credíveis. Agora vamos analisá-las, entrar em negociações e conversações bilaterais para debater estas mesmas ofertas. Não queremos um processo competitivo. Queremos assegurar uma parceria forte, com um operador experiente que tenha um alinhamento muito sólido sobre como iremos progredir no desenvolvimento do projeto de Mopane. Estamos muito focados em garantir que a parceria que estamos à procura - e que vemos como o próximo passo natural para este ativo - é conseguida com sucesso. É claramente uma prioridade neste momento", disse a co-CEO, reafirmando que a Galp não tem pressa, apesar de querer "até o final do ano ter esta parceria assegurada". 

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