Petrobras perde força no pré-sal do Brasil. Galp tem 6% da produção

A Globo faz as contas e revela que a Petrobras anda a perder força na produção de petróleo no Brasil. As petrolíferas estrangeiras estão a ganhar peso.
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DR/Petrobras
23 de Dezembro de 2017 às 17:16
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Só no pré-sal, a Petrobras pesa 67% de um total de produção nessa área de 1,677 milhões de barris de petróleo equivalente por dia em Setembro, o que representa 49,8% do total produzido no Brasil.

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Se hoje o pré-sal representa quase metade do petróleo produzido no Brasil, há 5 anos não ia além dos 10%, para subir em 2014 para os 25%. Ainda segundo a Globo, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) acredita que o participação do pré-sal chegará a 58% em 2020, atingindo 74% até 2026. 

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Com esta subida do pré-sal, o peso das empresas estrangeiras também sobe. Contas da Globo dão à Galp 6% da produção no pré-sal, cabendo à Shell 21% ou à Repsol Sinopec 5%. 

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Já no campo Libra, o primeiro no BRasil que tem um regime de partilha, a produção arrancou em Novembro, sendo o consórcio formado por Petrobras (40%), Shell (20%), Total (20%), e as chinesas CNPC (10%) e CNOOC Limited (10%).

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O Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), que representa as petrolíferas no Brasil, estima que as empresas privadas possam ter um peso de 30% até 2030 na produção nacional, valor que será maior no pré-sal.

É que, no final de Outubro, realizou-se novo leilão para seis áreas do pré-sal que, pela primeira vez, não tinham a obrigatoriedade de ter a Petrobras como operadora. Entraram, nesses leilões, novas petrolíferas estrangeiras no pré-sal, como a Statoil (Noruega), ExxonMobil, (EUA), BP Energy (Reino Unido) e QPI (Qatar).

A Galp arrematou, nesse leilão, a área de Norte de Carcará, através do consócio do qual detém 20%. A petrolífera pagou 186 milhões de dólares (160 milhões de euros) de prémio de assinatura por ter arrematado esta área. Ao mesmo tempo, pagou 114 milhões de dólares (98 milhões de euros) à Statoil para aumentar a sua participação para 17% no bloco BM-S-8. A Galp está agora a produzir um total de 92,4 mil barris diários, com o Brasil a pesar 87% e o restante a pertencer a Angola.

No último leilão, e apesar das limitações, a Petrobras arrematou três das seis áreas, com participação de 40% a 50% dos consórcios. Os estrangeiros ficaram com as restantes três (ver infografia da Globo).

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Petrobras perde força no pré-sal do Brasil. Galp tem 6% da produção
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A Petrobras fixou o objectivo para a sua produção de petróleo em 2,77 milhões de barris de petróleo por dia para 2021, face aos 2,13 milhões registados em Novembro. 

Também para 2018, para 7 de Junho, está prevista a 4.ª rodada no pré-sal, com leilões para os blocos de Três Marias, Dois Irmãos, Uirapuru, Saturno e Itaimbezinho, localizados nas bacias de Campos e Santos. 

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