Case-studies
A cada duas semanas, um idioma desaparece da face da Terra. Pelo menos é isso que revelam as estatísticas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Sete mil línguas em risco
Perda de línguas e culturas está ligada à diminuição da biodiversidade
Recentemente, uma pesquisa da Universidade Penn State, nos Estados Unidos, e da Universidade de Oxford, no Reino Unido, revela a relação íntima entre a morte de línguas e a diminuição da biodiversidade.
O estudo diz que 70% dos idiomas do planeta são encontrados em áreas ricas em biodiversidade. E que à medida que esta se vai degradando, as línguas e culturas das populações humanas que habitam essas regiões também se vão extinguindo. "Estima-se que a diminuição anual de espécies seja mil vezes maior que as taxas históricas", revelam os investigadores no Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
Quanta vida há no mar?
Estimativas apontam para a existência de mais de um milhão de espécies
Designado "Census da Vida Marinha", o esforço envolveu 2700 cientistas de mais de 80 nações, que participaram em 540 expedições em todo o mundo. Estudaram a superfície e sondaram as zonas mais escuras e profundas dos oceanos, exploraram as zonas geladas do árctico e antárctico e as regiões tropicais.
Quando o census terminou, foram acrescentadas 1200 espécies ao que se conhecia da vida marinha. Mas os cientistas continuam a trabalhar em volta de mais cinco mil especímenes para determinar se representam espécies conhecidas ou novas.
As estimativas para o número final aumentaram após o estudo e apontam agora para 250 mil, não incluindo alguns microrganismos como as viroses marinhas. No relatório final a equipa aponta para a existência de mais de um milhão de espécies no mar.
Países ricos têm mais impacto
Mas a descida de biodiversidade é mais acentuada nas nações pobres
Para poder reduzir o impacto do padrão de consumo na Terra, é necessário diminuir drasticamente o uso de combustíveis fósseis e substitui-los por energias renováveis, diminuir o consumo de água, produzir mais eficientemente, tentar comprar produtos que sejam fabricados ou criados de forma sustentável e acabar com os subsídios, sugere o WWF.
Pesca industrial em causa
Peritos consideram urgente uma moratória sobre o Oceano Árctico para limitar a pesca
Numa carta aberta assinada por 551 cientistas canadianos e 1500 outros de mais 67 países, investigadores fizeram um apelo aos governos do Canadá, Rússia, Estados Unidos, Noruega e Dinamarca para desenvolverem um acordo de pesca internacional que evite o dizimar de espécies potencialmente lucrativas, como o bacalhau, antes de se saber o suficiente sobre as suas populações.
"Os cientistas reconheceram a necessidade de um acordo que proíba a pesca comercial antes de serem estabelecidas regras", disse Henry Huntington, director científico para o Ártico do grupo norte-americano, Pew Environment Group, que organizou o apelo científico global. Acrescentou que não há margem para o erro numa região onde o gelo a derreter está a mudar rapidamente o ecossistema marinho.
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