Espanha e França querem ter operacional em 2032 o BarMar, o hidroduto submarino dedicado ao hidrogénio que ligará Barcelona a Marselha, avança o El Economista.

De acordo com o jornal, a REN, a par da espanhola Enagás, da alemã OGE e das francesas Teréga e Natran concluíram com sucesso a primeira avaliação pormenorizada da rota submarina pela qual passará a  primeira interligação de hidrogénio com o norte da Europa. A campanha de prospeção geofísica realizada nos verões de 2024 e 2025 confirmou que o corredor proposto é viável do ponto de vista da engenharia.

Os trabalhos "não detetaram limitações físicas relevantes, todos os cruzamentos de infraestruturas foram considerados compatíveis e as condições do leito marinho não apresentam desafios críticos". O relatório técnico indica que os obstáculos identificados podem ser ultrapassados com práticas de engenharia estabelecidas.

O avanço permite ao consórcio manter o calendário previsto no âmbito da iniciativa European Hydrogen Backbone. O desenvolvimento do BarMar está a ser sincronizado com a evolução das redes nacionais de hidrogénio dos países envolvidos no corredor H2med, incluindo os processos de licenciamento e autorizações. De acordo com o El Economista, França e Alemanha reafirmaram, no Conselho de Ministros conjunto de 29 de agosto, o compromisso político para acelerar o projeto.

O BarMar destaca-se também pelo progresso na harmonização regulatória entre os Estados participantes. O jornal sublinha que este alinhamento será determinante para o sucesso do H2med e poderá servir de modelo para futuros projetos energéticos transfronteiriços.

Depois de obter em 2024 o estatuto de Projeto de Interesse Comum (PCI) da Comissão Europeia, o H2med acelerou em 2025. Entre os marcos mencionados pelo jornal estão os acordos de financiamento com a Agência Executiva Europeia para o Clima, Infraestruturas e Ambiente (CINEA), a criação do consórcio responsável pelo BarMar e o reforço do apoio político da Comissão Europeia, que classificou o corredor como “autoestrada energética” prioritária.

A Aliança H2med, que inclui empresas de toda a cadeia de valor do hidrogénio, conta agora com 49 membros após novas adesões no encontro de setembro, em Berlim.