A acentuada quebra verificada no preço do petróleo desde o ano passado contribuiu para a expressiva queda de 84%, para 140 milhões de euros, dos lucros da petrolífera italiana Eni. Trata-se de um resultado que ficou aquém das estimativas dos analistas que previam lucros de 469 milhões de euros no trimestre. Assim, os lucros no primeiro trimestre ficam-se pelos 790 milhões de euros, montante que representa uma quebra de 62% face a igual período do ano passado.

 

Os resultados trimestrais divulgados esta quinta-feira,30 de Julho, pela companhia transalpina devem-se também às perdas registadas pela Saipem, empresa onde a Eni detém uma participação. Em termos ajustados e excluindo as perdas resultantes da participação na Saipem, os lucros da Eni caíram 46% para 450 milhões de euros entre Abril e Junho deste ano. De acordo com os mesmos pressupostos, os lucros recuaram 47% para 1,05 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2015.

 

No entanto, em comparação com o período homólogo, a Eni conseguiu elevar a produção no segundo trimestre deste ano, o que permitiu já aumentar as estimativas de crescimento da produção em 2015 de 5% para 7%.

 

Claudio Descalzi, num comunicado citado pelo Financial Times, o CEO da Eni realça os "excelentes resultados industriais" conseguidos pela empresa. A Eni propõe agora um dividendo de 40 cêntimos por acção da petrolífera depois de a empresa ter conseguido gerar "cash-flow" de 5,7 mil milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, valor praticamente igual àquele que foi registado no período homólogo, algo que se verificou apesar da grande desvalorização do preço do crude.