Pequim pede a bancos para reforçarem apoio a construtora em apuros
O Governo chinês está a pedir aos bancos para reforçarem o apoio financeiro à imobiliária estatal China Vanke e aos credores privados para aceitarem uma extensão do repagamento da dívida, numa rara intervenção por parte dos reguladores chineses para apoiarem uma empresa em dificuldades de liquidez.
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A notícia está a ser avançada pela Reuters, que cita fontes conhecedoras do assunto, e indica que é a cúpula do Governo, o Conselho de Estado, está a coordenar estes esforços. Os reguladores foram também instados a realizar progressos rápidos.
O apoio pelo Estado chinês a empresas individuais não é recorrente, tendo apenas acontecido com a Country Garden. A maioria foi apoiada a nível local ou não teve intervenção. Um destes exemplos é a gigante Evergrande, que viu um tribunal de Hong Kong ordenar a sua liquidação, depois de não ter conseguido chegar a acordo com os credores para reestruturar a dívida emitida além-fronteiras.
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No entanto, ao contrário destas duas empresas, a China Vanke é detida em 33,4% pela Shenzhen Metro, uma companhia detida pelo regulador de ativos do Estado da região. É também uma das poucas construtoras chinesas que tem um "rating" de investimento de qualidade, atribuído por parte das principais agências de notação, e qualquer problema no pagamento de dívida poderia reduzir a confiança do mercado, explicaram analistas à Reuters.
"O Governo central quer mostrar que está ativamente a resgatar o mercado. Está a relaxar nas medidas para que os bancos possam também fazê-lo", disse Alvin Cheung, diretor da Prudential Brokerage, à agência canadiana.
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O analista acrescentou que as autoridades não conseguiram estabilizar o mercado após a falência da Evergrande e se a Vanke - a segunda maior construtora do país - entrar em incumprimento não sobrará liquidez nem confiança no mercado.
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